Polícia prende quarto suspeito de matar jovem encontrada baleada em cova rasa em estrada rural
O quarto e último suspeito de matar Eduarda Batista Stadler, encontrada baleada em uma cova rasa em uma estrada rural de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, foi preso em Palhoça, Santa Catarina.
A captura foi feita na segunda-feira (4) por policiais catarinenses, em auxílio à Polícia Civil de Ponta Grossa.
A jovem de 18 anos desapareceu no dia 20 de setembro, quando saiu de casa dizendo à família que ia comer um lanche. O corpo dela foi encontrado baleado oito dias depois na Estrada do Kalinoski. A investigação aponta que ela foi vítima de uma emboscada. Relembre abaixo.
As informações são do delegado Luiz Gustavo Timossi, responsável pelo caso.
Segundo ele, este é o último suspeito de envolvimento no assassinato.
O primeiro foi preso no mesmo dia que ela foi morta, mas por outro motivo: porte ilegal de armas. O delegado Timossi afirma que, com ele, foram encontradas duas armas de calibre .9mm. O flagra foi feito pela Polícia Militar, durante patrulhamento. Na sequência, um mandado de prisão temporária foi expedido contra ele pela suspeita de envolvimento no assassinato de Eduarda.
“Os outros três indivíduos envolvidos no crime se evadiram, logo após o assassinato, para a cidade de Palhoça, no Estado de Santa Catarina”, explica Timossi.
Dois foram presos no dia 27 de outubro e o terceiro nesta segunda-feira, 4 de dezembro.
“Agora, com o último foragido preso, as investigações entram em sua fase final”, explica o delegado.
O g1 tenta identificar a defesa dos suspeitos.
Eduarda Stadler foi vítima de emboscada, aponta investigação
O delegado Timossi afirma que a jovem de 18 anos saiu de casa por volta da meia noite para encontrar com um homem, com quem mantinha um relacionamento amoroso.
Porém, pelo menos neste dia, o objetivo dele era fazer Eduarda entrar em contato com um terceiro indivíduo, para matá-lo.
Segundo o delegado, o homem acreditava que este terceiro estava envolvido no atentado contra a vida de outra mulher, cerca de dois meses antes.
“O plano não deu certo e Eduarda, que era mantida sequestrada pelo bando, acabou assassinada nas primeiras horas do dia 21 de setembro”, afirma Timossi.
As investigações também apontaram que o homem que os suspeitos queriam que Eduarda contatasse não teve envolvimento com o crime de dois meses antes, como eles achavam.
Corpo da vítima foi encontrado baleado
O delegado Timossi afirma que no local em que foi encontrado o corpo de Eduarda Batista Stadler havia 12 projéteis de arma de fogo.
“Eduarda tinha histórico pessoal de envolvimento com pessoas que são atuantes no tráfico de drogas e acreditamos que isso possa ter resultado no assassinato dessa jovem”, disse o delegado, na época.
Jovem deixou filha de um ano e sete meses
Eduarda deixou uma filha de um ano e sete meses.
Segundo a mãe da jovem, Paula Reis Batista, ela planejava voltar a estudar para terminar o Ensino Médio.
“Não sei porque tudo isso aconteceu. A única coisa que eu quero é que seja feita justiça. Tiraram a mãe de uma filha, tiraram a minha filha, minha única menina, minha primeira filha”, disse Paula, após o corpo de Eduarda ser encontrado.
A mãe da jovem contou que ela trabalhava em casa, online, para poder passar mais tempo com a filha.
“Ela trabalhava com sites de apostas de esportes e vendia roupas, lingeries… Se virava para ter o dinheiro dela. Gastava tudo comprando coisas para a filha e para o meu nenê. O irmão dela tem um ano e cinco meses, nasceu com cinco dias de diferença da filha dela”, explicou Paula.
Paula contou que Eduarda era casada, mas estava morando com a mãe há cerca de um mês devido a desentendimentos com o homem.
“Ele estava vindo ver a nenê [filha do casal], e a Eduarda me disse que eles estavam melhores agora”, lembrou.
Fonte: G1