Filha é presa por aplicar golpes na própria mãe usando reconhecimento facial da vítima para fazer empréstimos, no Paraná

Uma mulher de 36 anos foi presa na tarde de quarta-feira (9) em Irati, na região central do Paraná, suspeita de aplicar golpes na própria mãe, uma idosa de 72 anos.
Segundo o delegado Gabriel Marinho, responsável pelo caso, a filha foi autuada por furto qualificado, por fraude e abuso de confiança.
Isso porque ela tinha acesso às contas bancárias da mãe e furtou dinheiro fazendo transferências de dinheiro para as próprias contas, além de contratar empréstimos no nome da idosa, a enganando para conseguir concluir os processos burocráticos, explica o delegado.
“Constatou-se, no curso do inquérito, que a suspeita provavelmente se valia de reconhecimento facial da vítima para conseguir concluir a contratação dos empréstimos e da abertura de nova conta bancária, uma vez que a vítima informou que, por diversas vezes, sua filha ia à sua casa e tirava fotos do seus rosto, alegando que era para regularizar o recebimento do benefício previdenciário”, detalha Marinho.
As investigações iniciaram em janeiro de 2025, quando a idosa registrou Boletim de Ocorrência (B.O.) relatando que descobriu que diversos empréstimos consignados feitos em seu nome, sem a sua autorização, estavam comprometendo a pensão que recebia pela morte do marido.
Posteriormente, ela descobriu os desvios de dinheiro e, ainda, que a filha criou uma conta nova para receber e se apossar de uma pensão destinada à idosa, complementa Marinho.
“Com ajuda de familiares, a vítima constatou que além dos empréstimos havia diversas transferências via PIX de sua conta bancária em favor de sua filha. […] Após buscar mais informações sobre o comprometimento do seu benefício de pensão por morte, descobriu que havia sido criada uma conta bancária em outro banco e que fora realizada a portabilidade do recebimento do benefício para essa nova conta, a qual a vítima sequer tinha acesso”, relata o delegado.
O policial afirma que decidiu pedir a prisão preventiva da suspeita devido ao fato de ela ainda ter acesso às contas bancárias da vítima – especialmente à nova conta, em que passou a receber os depósitos referentes ao pagamento da pensão por morte.
“Considerou-se que o risco da continuidade da subtração de valores da vítima era atual e iminente”, ressalta.
O nome da suspeita não foi divulgado. A Polícia Civil ressalta que não pode repassar a identidade de pessoas presas e/ou investigadas devido à lei de abuso de autoridade.
O g1 tenta identificar a defesa dela.
Fonte: g1