Correio dos Campos

Projeto resgata o cultivo de plantas medicinais em escola municipal

Alunos da Escola Municipal Dr. Carlos Ribeiro de Macedo realizam resgate da cultura tradicional e estudam a transformação das plantas em medicamentos
9 de agosto de 2018 às 15:41

IMPRENSA/Ponta Grossa – O aroma de chá tomou conta da Escola Municipal Doutor Carlos Ribeiro de Macedo, na Vila São Francisco, em Uvaranas. A atividade faz parte do projeto “Tem cheirinho de chá no ar: um olhar pedagógico ao resgate e à valorização das plantas que curam”, realizado pela professora Sheila de Oliveira com o 4º ano do Ensino Fundamental. A ideia é compreender as raízes históricas do uso das plantas pelas comunidades, realizando o plantio e todo estudo científico de suas propriedades medicinais.

Para isso, a turma conta com o apoio técnico do curso de Farmácia da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Realizado dentro da disciplina de Conhecimentos Naturais, o projeto foi também inscrito no Programa Agrinho, realizado pela Secretaria Municipal de Educação em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, o Senar. Além de estimular o conhecimento, o projeto atende a comunidade escolar – moradores próximos da escola e familiares das crianças.

Por meio do cultivo e estudo, o projeto busca despertar nos alunos o desejo de conhecer tudo o que a natureza proporciona no mundo das plantas com valores medicinais, demonstrando a riqueza da biodiversidade brasileira. “Valorizar esse conhecimento e compreender as propriedades medicinais de várias plantas, bem como seus possíveis efeitos tóxicos, é o propósito maior das ações pedagógicas”, conta a professora Sheila.

O projeto contempla o resgate dos valores culturais e históricos do saber tradicional sobre as plantas medicinais, o entendimento sobre como e por que as plantas possuem tais propriedades, o uso correto e os riscos de uso incorreto das plantas – por meio de atividades lúdicas e práticas agroecológicas e socioambientais, tendo em vista a conscientização sobre a importância do meio ambiente e da sustentabilidade.

As crianças também conheceram o Horto Medicinal do curso de Farmácia, manipularam a formulação de fitoterápicos para compreender como uma planta medicinal pode se transformar em um medicamento e criaram a sua própria horta medicinal na escola. “Os alunos se sentem estimulados a aprender sobre as ciências naturais, pois vivenciam os problemas e, em coletivo, pesquisam soluções para concretizar as ações do projeto. O aprender se tornou prazeroso e não uma obrigação pura e simples”, completa a professora.