Ocorrências com águas-vivas aumentam quase 200% no litoral paranaense
O Litoral do Paraná registrou nesta temporada um aumento no número de ocorrências por águas-vivas. Foram 4.063 casos durante os primeiros 55 dias desta temporada contra 1.406 no ano anterior. O número, porém é menor que a média das últimas cinco temporadas, 9.094.
Porém, os outros índices coletados nesta temporada apresentam reduções. O Litoral do Paraná registrou o menor índice de afogamentos no mar dos últimos cinco anos. Nos primeiros 55 dias do Verão Maior foram registrados três óbitos, número 62,5% menor do que o registrado no mesmo período da temporada anterior, com oito casos. O dado também é menor que a média das cinco últimas temporadas, que é de cinco óbitos para o período.
O Corpo de Bombeiros fez mais de 61 mil orientações aos banhistas desde o início do Verão Maior 2019/2020. O secretário da Segurança Pública e coordenador do Verão Maior 2019/2020, Romulo Marinho Soares, atribui a redução às ações planejadas e realizadas pelo Corpo de Bombeiros. “As ações foram muito bem elaboradas, a fim de fornecer maior segurança ao cidadão. A redução no número de óbitos é uma consequência do trabalho desempenhado por estes profissionais”, disse.
Afogamentos diminuem no Litoral
No período também foi registrado o menor número de ocorrências de afogamentos graves dos últimos cinco anos. Foram sete em todo o Litoral, número 59% inferior aos 17 casos registrados na temporada anterior. Além disso, o número de pessoas que precisaram ser salvas pelo Corpo de Bombeiros também reduziu. Este ano foram 728 salvamentos, contra 839 no mesmo período do ano anterior.
“Para nós é muito mais positivo prestar uma boa informação e não ter de fazer o salvamento. O salvamento é uma consequência, nosso pessoal está treinado para isso, mas gostamos muito mais de prestar a orientação, para que as pessoas não tenham problema e possam desfrutar da praia da melhor maneira possível”, afirmou o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Samuel Prestes.
Ele também ressalta que o número de orientações foi um dos maiores dos últimos cinco anos, fechando os primeiros 55 dias da ação no Litoral com 61,8 mil atendimentos desta natureza.
Na contramão do aumento de orientações, as advertências reduziram, mostrando que a população está mais atenta às dicas dos bombeiros. Foram 28.503 advertências no período da Verão Maior 2019/2020, contra 35.520 do ano anterior – uma redução de 19% para o período.
“Podemos observar que as pessoas estão mais orientadas, prevenidas, e pessoas que levam a sério a prevenção são menos advertidas, pois se arriscam menos”, descreve o comandante do 8º Grupamento de Bombeiros, major Jonas Emmanuel Benghi Pinto.
Em relação a afogamentos em rios, o Corpo de Bombeiros atendeu apenas uma ocorrência nos primeiros 55 dias de Verão Maior. Já no mesmo período da temporada anterior, foram duas ocorrências. O comandante do 8º Grupamento ainda explicou que os Bombeiros se aprimoram todos os anos para poder fornecer um melhor serviço à população, o que contribui para a queda dos índices.
“Com a média alcançada nesta temporada, ficamos abaixo de todos os níveis e parâmetros dos últimos anos. Parece que a população está bem mais consciente dos riscos e entendeu, mais do que nunca, o nosso sistema de fiscalização, pois estão procurando mais as áreas protegidas. O trabalho de orientação e advertência está sendo bastante efetivo para todos, o que contribui para menos afogamentos”, ressaltou.
Foram feitos, ainda, 339 atendimentos pré-hospitalares nos primeiros 55 dias de Verão Maior – 40 a menos que na temporada anterior (379). Já em relação a atendimentos comunitários, foram 33 neste ano, igual número da temporada anterior.
Foram registrados 134 atendimentos de acidente com meio de transporte – quatro a menos que na operação 2018/2019. Houve 17 casos a mais de combate a incêndios nesta temporada. Foram no total 114 ocorrências, contra 97 verificadas no ano anterior. O número de salvamentos gerais também foi inferior: 139 nos 55 dias de operação, contra 195 nos mesmos dias do período anterior.
Fonte: RicMais