A execução da dívida depende de um pedido da advogada da família de Daniel. “Estou aguardando reunir mais parcelas para entrar com a execução da dívida. Neste primeiro momento, esta ação é apenas contra o Edson Brittes, já que ele é réu confesso, mas acreditamos na condenação de todos os envolvidos”, completou a advogada.
Brittes é o único réu preso no momento. Os outros seis denunciados aguardam o julgamento em liberdade.
Carro está com a Justiça criminal
O carro está com a Justiça desde novembro de 2018 e faz parte da investigação da morte do jogador. Foi no veículo que Edison Brittes Júnior, David Vollero, Ygor King e Eduardo Henrique da Silva transportaram Daniel com vida após uma sessão de espancamento na casa da família Brittes durante o “after party” do aniversário de Allana Brittes, filha do casal. O atleta foi levado no porta-malas do Veloster preto até a Colônia Mergulhão, onde foi parcialmente degolado e teve o órgão genital cortado.
A reportagem apurou ainda que antes de aceitar o bloqueio dos bens, a Justiça cível inicialmente negou o pedido por entender que o Veloster não era de Edison.
O carro não estava registrado no nome de Edison Brittes Junior, no entanto, o UOL Esporte descobriu que uma procuração dava a ele poderes de dono do veículo faltando apenas o registro no Detran do Paraná.
Essa procuração faz parte de uma ação de restituição de coisa apreendida movida pela defesa de Edison Brittes dentro do processo criminal. Segundo os advogados da família Brittes, o veículo poderia ser devolvido ao réu porque já foi periciado e com laudos conclusos. Nesse caso, foi anexada a procuração que prova o direito de Brittes sobre o bem.
A juíza Luciani Regina Martins de Paula indeferiu o pedido por entender que a manutenção do Veloster poderá ser útil para eventual direito indenizatório dos sucessores da vítima, ou seja, a filha de Daniel. Esse processo está atualmente no Tribunal de Justiça do Paraná aguardando a manifestação de todas as partes para julgamento de recurso.
Fonte: Banda B