Correio dos Campos

Pedagogas de Carambeí receberão orientação sobre o “Baleia Azul”

21 de abril de 2017 às 18:09

Com a tecnologia ao alcance de todos, inclusive crianças, a Internet está  integrada a rotina de milhões de pessoas em todo o mundo.As redes sociais, cada vez mais se expandem e alcançam números expressivos de pessoas de todas as idades e camadas sociais. Modismos e manias, sejam bons ou ruins são lançados e ganham o mundo, influenciando a vida de muitos. Nessas últimas semanas o jogo virtual da “Baleia Azul”, se tornou pauta e tem gerado preocupação no Brasil e no mundo. Em Carambeí não é diferente, a Secretaria Municipal de Educação  já convocou reunião com as equipes pedagógicas para passar as orientações sobre esse jogo que pode levar crianças e adolescentes ao suicídio. Na escola Municipal José Pedro Novaes Rosas, a equipe pedagógica saiu na frente aproveitando a reunião de pais realizada na quinta-feira,20, para fazer o alerta

A pedagoga da Escola Municipal José Pedro Novaes Rosas, Ana Maria Silva explica que o jogo “Baleia Azul”, gera uma grande preocupação pelos perigos que representa e a maneira assustadora com que tomou corpo nas redes sociais.” Sabemos que nossas crianças, a grande maioria, tem acesso a Internet e que podem ser vítimas desse jogo brutal. A reunião com os pais foi a oportunidade para que pudéssemos abordar esse problema e alertar os pais para a importância de monitorar tudo o que seus filhos acessam. Não tem como ser diferente, os pais precisam diariamente acompanhar tudo que as crianças fazem é a única maneira de evitar que elas tenham contato com esse jogo e outros muitos conteúdos da internet inapropriados”,argumenta.

A pedagoga lembra que há outros jogos como “Fadas do Fogo” que induzem principalmente as meninas menores de 10 anos a realizarem tarefas absurdas, como levantar de madrugada  e acionar o gás do fogão, colocando a vida de toda a família em risco. “As crianças estão, cada vez mais “antenadas”,é preciso que todos nós que fazemos parte desse universo tenhamos atenção redobrada”,reforça Ana Maria.

Na reunião com  as equipes pedagógicas de todas as escolas municipais, no dia 24, na sede da secretaria Municipal de Educação, repassará todas as orientações as profissionais para que possam transmitir aos pais e também aos alunos. A reunião será conduzida pela psicóloga da secretaria Municipal de Educação, Veronica Crist.

Entenda o Baleia Azul

O jogo virtual da Baleia Azul propõe ao jogador 50 desafios macabros que vão desde a automultilação até o suicídio. O game funciona como uma espécie de “siga o mestre” – quem dita as regras e propõe os desafios é um mentor, o qual envia aos participantes mensagens com instruções do que fazer e solicita fotos como prova do cumprimento das tarefas.

Os jogadores geralmente são crianças e adolescentes, que, além de estarem mais suscetíveis a influências de terceiros, passam mais tempo em redes sociais. Tudo começa de maneira “leve” – no início, são delegadas aos jogadores tarefas como assistir a filmes de terror, ouvir músicas psicodélicas e desenhar uma baleia azul em um papel. Com o passar dos dias, os adolescentes chegam a ser desafiados a se pendurarem em lugares altos e se automutilarem, ou até tirarem a própria vida.

A preocupação com o jogo aumentou no ano passado, quando diversas fontes divulgaram, sem confirmação, 130 suicídios supostamente vinculados a comunidades virtuais identificadas como “grupos da morte”. Diversos países, como a Inglaterra, França e Romênia têm enviado alertas aos pais depois que adolescentes apareceram com cortes nos braços e sinais de mutilação.

No Brasil, uma menina de 16 anos morreu no Mato Grosso após se afogar em uma lagoa na região central de Vila Rica, a cerca de 1.200 km de Cuiabá. A principal suspeita da polícia é a de que a jovem, que apresentava cortes nos braços, participava do jogo da Baleia Azul. A polícia brasileira também investiga a participação de alunos de João Pessoa em grupos de automutilação e morte, além das denúncias de que os curadores do game estariam ameaçando os jovens que tentassem desistir dos desafios. Jogos que apresentam riscos letais viraram moda entre muitos adolescentes. No ano passado, um garoto de 13 anos morreu após se enforcar na casa do pai, no litoral sul da capital paulista.