Correio dos Campos

ACIPG debate medidas da Prefeitura para o comércio da cidade

28 de março de 2020 às 13:18
Campus ACIPG

COM ASSESSORIAS – A Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG) promoveu na última sexta-feira (27), duas reuniões entre diretores da instituição e empresários associados, com o prefeito Marcelo Rangel (PSDB), por web conferência. Nos encontros on-line foram apresentados os posicionamentos de empresários de diversos segmentos que inicialmente solicitavam a reabertura imediata do comércio. O prefeito explicou a decisão do Município de abertura gradativa a partir do dia 6 de abril, pois é orientado por decreto pelo governo do estado. Várias foram as interpelações dos associados e a ACIPG mesma insatisfeita com a decisão que afeta diretamente ao comércio, reconhece que o momento é delicado e que requer ações rígidas de controle de propagação da doença.

No dia, foram duas reuniões. Uma pela manhã, em que empresários levaram para o prefeito as dificuldades do comércio e cobraram do governante a reabertura dos estabelecimentos a partir desta segunda-feira, dia 30 de março. No entanto, Rangel reforçou que a determinação é de abertura apenas no dia 6. “Os prefeitos de toda a região têm a mesma opinião, e só vão abrir o comércio a partir do dia 6, de acordo com a evolução da doença. É a mesma linha adotada em todo o estado do Paraná”, disse Rangel, que é uma decisão difícil e pouco simpática, mas extremamente necessária neste momento.

O prefeito falou sobre a preocupação com a situação econômica e salientou que de todas as cidades do Paraná, Ponta Grossa tem maior potencial de recuperação diante de toda esta situação catastrófica da economia, por causa das indústrias, da construção civil, e também por sermos referência na produção agrícola. “Porém, sabemos que o comércio está sofrendo muito com a situação”, demonstrou o prefeito aos empresários a proposta de medida gradativa dos estabelecimentos comerciais.

O presidente da ACIPG, Douglas Taques Fonseca, disse que a instituição tem o dever de se posicionar a favor da prevenção e da proteção da população, bem como ser responsável quanto ao posicionamento da entidade. “O prefeito nos deu argumentos plausíveis de que o fechamento do comércio até o dia 6 de abril é necessário e que não é uma opção. Em virtude disso, mesmo insatisfeitos com a determinação, apoiamos esta medida porque em primeiro lugar tem que estar saúde e a vida das pessoas”, pondera Fonseca.

Para o presidente, as empresas estão padecendo e com grandes dificuldades de honrar seus compromissos, sendo eles financeiros, tributários e trabalhistas em virtude de todo este cenário de pandemia nunca antes vivenciado. Fonseca também destacou que uma eventual propagação do COVID-19 só traria maiores prejuízos para todos, pois seria necessário ampliar de maneira significativa o tempo de reclusão e fechamento do comércio. “Entendemos que o momento é de união. Por isso, foi estudada a possibilidade de ações em conjunto, como também de arrecadação espontânea de recursos, uma espécie de vaquinha entre os empresários para a compra de EPIs e de dispositivos de testes da doença, para serem doados para o Município”, disse.

Fonseca ressalta ainda que a entidade continuará na linha de frente junto ao associado, trazendo a ele informações relevantes e abrindo canais para ouvi-lo e apoiá-lo, através do Programa de Apoio ao Empresário Associado (PAE). “Nem sempre decisões são fáceis de serem tomadas, nosso maior desafio será entender todo este processo, passar pelas dificuldades que ainda virão, mas acreditar que a visão otimista, a capacidade de resiliência e a dedicação ao trabalho sempre foram as marcas do empresariado brasileiro”, finaliza o presidente da ACIPG.