Correio dos Campos

IMPRENSA/Ponta Grossa – Estimular e induzir novos produtos turísticos às pessoas. Essa é a ideia da Fundação Municipal de Turismo (Fumtur), que na tarde de ontem (13) promoveu uma caminhada por sítios arqueológicos – Projeto Arqueo Trekkig – voltada à imprensa ponta-grossense. O passeio durou cerca de três horas e contemplou a visita ao Morro do Castelo e Abrigo Sob Rocha Cambiju – situados na Fazenda Conquista (Cachoeira da Mariquinha), que apresentam pinturas rupestres de cerca de 10 mil anos.

“O nosso intuito é mostrar lugares, passeios, e contar histórias que as pessoas ainda não conhecem, por isso o Arque Trekking nada mais é do que um produto turístico. Além de comtemplar um roteiro por sítios arqueológicos, ainda é possível admirar a vista dos pontos turísticos já reconhecidos e renomados da nossa cidade, como a Cachoeira da Marquinha”, explica o presidente da Fumtur, Edgar Hampf.

Na Fazenda Conquista há quatro sítios arqueológicos, mas apenas dois – Morro do Castelo e Abrigo Sob Rocha Cambiju – são reconhecidos pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como explica o geógrafo e guia turístico que acompanhou o passeio, Alessandro Chagas. “Temos cerca de 20 sítios arqueológicos em nossa cidade, mas nem todos são reconhecidos pelo Iphan. As pinturas rupestres são encontradas em locais como Cachoeira do São Jorge, Buraco do Padre, Sumidouro, entre outros. Visitar locais como esses é imprescindível para que as pessoas reconheçam como um bem natural que deve ser preservado”, atenta Chagas.

Pinturas Rupestres

Chagas realiza o passeio para grupos de no máximo 15 pessoas, durante a visita caminha-se por uma trilha e é possível contemplar as paisagens naturais do local. “Passeio com grupos maiores fica inviável, porque é preciso manter todos na trilha com o intuito de agredir minimamente a vegetação típica da área. Na Mariquinha a arte rupestre apresenta duas formas: a geométrica com traços e pontilhados, e a planalto que apresenta desenhos de animais, do cotidiano, da caça. Os estudos indicam que os desenhos foram feitos por três levas de indígenas que passaram em nossa região – Umbu Humaita, Itararé e Tupi Guarani – datados de cerca de três a dez mil anos da data presente”, explica o guia turístico.

Essa é apenas uma das experiências que a Fumtur quer apresentar à população. “Também temos a ideia de mostrar o Aqua Trekking, passeio dentro da água, já que nossa região é rica em rios e cachoeiras, entre outros produtos. Vale lembrar que esses são produtos turísticos já disponíveis no mercado, nosso intuito é dar maior visibilidade a esses locais”, finaliza Hampf.

Para mais informações sobre esse passeio e o sobre os pontos turísticos da nossa cidade – como valores, localização, entre outras curiosidades – é possível ligar na Fundação Municipal de Turismo pelo: 3901-1601.