Correio dos Campos

Preso por homicídio é solto por engano no lugar de investigado por roubo em Planaltina de Goiás

Administração Penitenciária confirmou a soltura indevida e que investiga o que aconteceu. Homem colocado em liberdade é considerado foragido e é procurado.
6 de fevereiro de 2020 às 08:02
Cadeia Pública de Planaltina de Goiás — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Um homem suspeito de roubo conseguiu um alvará de soltura, mas segue preso na unidade prisional de Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Segundo confirmou a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), um preso suspeito de homicídio foi solto no lugar dele, no último dia 27 de janeiro.

A DGAP informou que “o fato está sendo apurado internamente para a aplicação das sanções aos responsáveis pelo ocorrido”.

Segundo a Polícia Civil, Bryan Sousa Silva foi preso suspeito de roubar uma bicicleta e uma corrente de prata no dia 27 de setembro de 2019. A defesa dele informou que foi estipulada fiança inicial de R$ 20 mil para que ele respondesse em liberdade, mas que o preso não tinha esse dinheiro.

Em janeiro deste ano, o advogado conseguiu que a Justiça dispensasse o pagamento da fiança e emitisse o alvará de soltura do cliente. No entanto, outro preso havia saído no lugar de Bryan.

Segundo a DGAP, esse preso que foi solto de forma equivocada é Jhonatan Wesley Lima Ferraz. Segundo informações do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, ele é investigado por homicídio.

O delegado Cristiomário Medeiros, responsável pelo caso, disse que foi registrado na Polícia Civil que Bryan teria facilitado a situação, sendo investigado por suspeita de falsidade ideológica.

Renato Brandão, que representa Bryan, disse que não teve oportunidade de falar de forma privada com o cliente, portanto suspeita que ele possa ter sido acuado de alguma forma.

O defensor informou que foi estipulada fiança de R$ 10 mil para que o preso responda em liberdade, mas que já pediu despensa desse pagamento.

“Segundo Bryan, foi ele mesmo quem respondeu às perguntas do Oficial e assinou, mas não sai imediatamente, vai para central ver se tem outros processos e quando voltou, no final do dia quando fizeram a chamada, quem respondeu foi o outro. Não pude ter conversa confidencial, meu cliente, ele não estava confiante. Os agentes e os outros presos estavam sempre muito perto”, disse.

G1 não conseguiu localizar a defesa de Jhonatan para pedir um posicionamento sobre o caso.

A Polícia Civil informou que o homem é considerado foragido da Justiça e que recebe denúncias sobre onde ele possa estar.

Fonte: G1