Escorpiões nas proximidades de CMEI são controlados com dedetização e outras medidas
IMPRENSA/Palmeira – A Secretaria Municipal de Educação, com a intenção de garantir a segurança de alunos e funcionários do Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Sebastião Sanson, realizou diversas ações para controlar a infestação de escorpiões nas proximidades do estabelecimento. A última medida adotada foi a realização de uma dedetização no local.
De acordo com a secretária da pasta, Carla Marcondes de Albuquerque, o engenheiro responsável pela obra foi consultado e garantiu que o muro de arrimo, apontado como o causador da infestação, não foi o problema no local. Mesmo com a palavra do profissional, a Secretaria optou por cobrir o muro de arrimo com cimento, não deixando brecha para os animais peçonhentos.
A medida, porém, não foi tão efetiva e os escorpiões continuaram aparecendo no muro, desta vez saindo por buracos no chão. Para tentar resolver a situação, um engenheiro agrônomo foi consultado e receitou um veneno para exterminar os escorpiões do local e resolver o problema.
Segundo Simone Aparecida Chaves, coordenadora da Vigilância em Saúde, o resultado da dedetização irá aparecer em pouco tempo. “Com o passar dos dias e com o veneno fazendo efeito, os animais peçonhentos irão morrer, principalmente na área do CMEI, local em que foi passado o produto. Eles não serão exterminados prontamente, mas sim com o passar dos dias”, relatou a profissional.
Chaves ainda destacou que os escorpiões não são um problema apenas do CMEI, visto que existem casos em terrenos nas proximidades, e nem um problema enfrentado apenas em Palmeira, pois em muitos municípios do país são registrados focos de infestação do animal.
Albuquerque contou que já é visível a diminuição do número de escorpiões no entorno do CMEI e tranquilizou os pais e responsáveis pelos alunos do CMEI. “Nunca foi encontrado nenhum escorpião em lençóis dos alunos, por exemplo, coisa que já ouvi a população relatar. A limpeza no CMEI é reforçada e nossos colaboradores cuidam especialmente daquele local, até porque filhos dos próprios funcionários estudam lá. Os pais podem ficar tranquilos quanto a isso”, disse a secretária.
Casos – Em Palmeira os acidentes com animais peçonhentos são registrados através de notificação compulsória realizada pela unidade que prestou o atendimento ao paciente. No ano de 2017 o setor Epidemiológico da Secretaria de Saúde registrou 63 notificações no município devido a escorpiões. A Estratégia de Saúde da Família (ESF) da Vila Rosa foi a que teve o maior número de casos, com 10 registros, seguida da ESF Jardim Christine, que contabilizou oito, e da ESF Amim Bacila, com sete casos.
As outras ESF que registraram casos relacionados a escorpiões foram: Central (5), Colônia Francesa (6), Witmarsum (5), Vilinha (4), Rocio 1 (6), Faxinal (2), Santa Rosa (3), Pinheiral (1), Queimadas (2) e Guarauninha (4).
Controle – As medidas de controle e manejo populacional de escorpiões baseiam-se na retirada/coleta dos escorpiões e modificação das condições do ambiente a fim de torná-lo desfavorável à ocorrência, permanência e proliferação destes animais. O setor Epidemiológico do Município preparou algumas dicas para auxiliar a população palmeirense.
Na área externa do domicílio:
– Manter limpos quintais e jardins, não acumular folhas secas e lixo domiciliar;
– Acondicionar lixo domiciliar em sacos plásticos ou outros recipientes apropriados e fechados, e entregá-los para o serviço de coleta. Não jogar lixo em terrenos baldios;
– Limpar terrenos baldios situados a cerca de dois metros (aceiro) das redondezas dos imóveis;
– Eliminar fontes de alimento para os escorpiões: baratas, aranhas, grilos e outros pequenos animais invertebrados;
– Evitar a formação de ambientes favoráveis ao abrigo de escorpiões, como obras de construção civil e terraplenagens que possam deixar entulho, superfícies sem revestimento, umidade etc;
– Remover periodicamente materiais de construção e lenha armazenados, evitando o acúmulo exagerado;
– Preservar os inimigos naturais dos escorpiões, especialmente aves de hábitos noturnos (corujas, joão-bobo, etc.), pequenos macacos, quati, lagartos, sapos e gansos (galinhas não são eficazes agentes controladores de scorpiões);
– Evitar queimadas em terrenos baldios, pois desalojam os escorpiões;
– Remover folhagens, arbustos e trepadeiras junto às paredes externas e muros;
– Manter fossas sépticas bem vedadas, para evitar a passagem de baratas e escorpiões;
– Rebocar paredes externas e muros para que não apresentem vãos ou frestas.
Na área interna:
– Rebocar paredes para que não apresentem vãos ou frestas;
– Vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha;
– Reparar rodapés soltos e colocar telas nas janelas;
– Telar as aberturas dos ralos, pias ou tanques;
– Telar aberturas de ventilação de porões e manter assoalhos calafetados;
– Manter todos os pontos de energia e telefone devidamente vedados.
Observação: em áreas rurais, a preparação do solo para plantio pode promover o desalojamento de escorpiões de seu habitat natural (barranco, cupinzeiros, troncos de árvores abandonadas por longos períodos).