Correio dos Campos

Frísia apoia projeto que transforma uniformes dos colaboradores em produtos artesanais

“Virando a Camisa” é idealizado pela APAE de Tibagi, que em quatro anos produziu 2.500 peças a partir de doações de vestimentas; recursos são revertidos para escola que atende alunos portadores de necessidades especiais
28 de dezembro de 2018 às 17:26
(Divulgação)

COM ASSESSORIAS – A Frísia Cooperativa Agroindustrial é parceira da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Tibagi, município localizado na região dos Campos Gerais do Paraná. A associação, inclusive, é um exemplo de empreendedorismo ao transformar um desafio em 2.500 produtos altamente rentáveis em quatro anos. Voluntários da entidade reciclam uniformes e os transformam em itens para o lar, como o kit churrasco formado por avental e luva. O dinheiro das vendas é repassado para a Escola Especial Nilse Terezinha Brandalise Romel, responsável por atender 85 alunos, jovens e adultos, portadores de alguma necessidade especial.

O apoio da Frísia tem um ano, com a cooperativa doando mochilas e uniformes recolhidos dos colaboradores. A própria Frísia comprou 80 kits churrasco. “Esse é um projeto sócio-sustentável que recicla, transforma e gera renda. Muito importante porque tem qualidade e mostra a força da união das pessoas”, afirma Luciano Tonon, coordenador de Comunicação e Marketing da Frísia.

Com início em agosto de 2015, o projeto Virando a Camisa surgiu a partir da doação de uniformes para o bazar da APAE. A associação já vendia roupas doadas em bazares e quermesses, porém, apesar da boa qualidade desses uniformes, não houve procura pelos clientes. Na churrasqueira de uma das voluntárias, então, tiveram a ideia de desmanchar as camisas e transformá-las em outra peça, que fosse vendável. O primeiro produto foi o kit churrasco.

A partir disso, começaram a vender as peças em todos os eventos que participam. Atualmente, os uniformes doados, inclusive pela Frísia, se tornam bolsas de viagem, suporte de utensílios domésticos, tapetes, porta ferramentas e sacolas para o Natal.

Linha de montagem

São 15 mulheres voluntárias na confecção dos produtos, que trabalham, como explica Cristina Roorda, membro da diretoria da APAE Tibagi, “em linha de montagem”. “Recebemos as doações, lavamos, desmanchamos, desenhamos, cortamos e costuramos. Quem não sabe costurar, lava. Quem não lava, desmancha. Todos participam de alguma forma. Nós aproveitamos tudo, nada se joga fora”.

O “desmanche” dos uniformes gera subprodutos – como bolsos, colarinhos, botões etc. -, que servem para a confecção de pesos de porta, pequenas bolsas, nécessaires, entre outros.

Com os recursos do projeto, as voluntárias puderam investir no negócio, comprando máquinas de costura industriais e materiais de acabamento para a produção de novas peças. Os resultados do bazar e do projeto, após pagamento do custeio do imóvel alugado, são destinados para a escola.

Os produtos são vendidos também em um hotel, uma loja de calçados e na Associação Comercial e Industrial de Tibagi. Nenhum desses pontos, no entanto, lucra com os produtos, sendo todo o valor integramente revertido à escola.

Serviço

Projeto Virando a Camisa/APAE Tibagi
Rua Guataçara Borba Carneiro, 136
Centro, Tibagi (PR)