PG é apenas a 576ª cidade do país em eficiência de gestão
COM ASSESSORIAS – Apesar de ser a 69ª cidade mais rica do país (com PIB de aproximadamente R$ 20 milhões), Ponta Grossa é apenas a 576ª mais eficiente do Brasil na gestão de áreas prioritárias como saúde e educação. Os dados são do Ranking de Eficiência das Cidades (REM-F), divulgado essa semana pelo jornal Folha de São Paulo. O Ranking foi criado para avaliar quais prefeituras do Brasil entregam mais serviços básicos à população usando menor volume de recursos financeiros.
Os números são preocupantes e revelam que, mesmo sendo uma cidade rica, Ponta Grossa poderia estar muito melhor. A situação fica ainda mais alarmante quando comparamos a cidade com outras do Paraná. Apesar de ser a 4ª maior cidade do estado, Ponta Grossa está atrás de outros 56 municípios do estado no Ranking de Eficiência das Cidades. O ranking mostra que cidades muito menores – como Itambé, Alto Piquiri, Matelândia, Paiçandu e Uraí – estão à frente de Ponta Grossa.
O candidato à Prefeitura Aliel Machado (PV) analisou o momento que o município atravessa e mencionou potencial para recuperação. “Ponta Grossa é um município que cresceu muito nos últimos anos em diferentes aspectos. Porém, por uma série de fatores, muitos serviços essenciais não acompanharam esse desenvolvimento e isso afetou a qualidade de vida das pessoas. Isso passa pela falta de responsabilidade e compromisso de governos anteriores. Nosso plano de governo contempla uma série de propostas para melhorar essa eficiência administrativa e fazer de Ponta Grossa uma cidade mais humana”, disse.
Número de médicos
Um dos quesitos em que Ponta Grossa se destaca negativamente é a gestão de saúde. Segundo o REM, a cidade possui em média 2,22 médicos para cada mil habitantes, com 76% dos domicílios cobertos por serviços de atenção básica. Em Maringá, por exemplo, o índice de profissionais de saúde chega a 5,88; e a cobertura chega a 83%. Outra cidade de porte semelhante que supera Ponta Grossa é Cascavel. O município conta com 4,28 médicos por mil habitantes; e uma cobertura de atenção básica de 82%.
Segundo Aliel, a melhoria no atendimento em saúde passa também pela descentralização dos serviços. “Nós vamos construir duas novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), em Oficinas e no Jardim Carvalho. Outro compromisso é a implantação de um Super Centro de Saúde, que englobará atendimento às mulheres, órteses e próteses, laboratório central, centro municipal de especialidades, ótica municipal, centro de imagens e centro odontológico. Além disso, vamos trazer atendimentos do Hospital Pequeno Príncipe para as nossas crianças”, projetou.
Crianças de 0 a 3 anos nas escolas
Na área de educação, Ponta Grossa também apresenta dados preocupantes. Segundo o levantamento, apenas 33,58% das crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas em creches. Aliel Machado elencou propostas para qualificar o setor. “Sempre defendi a educação como um instrumento de mudança para a vida de muitas pessoas. O ensino é importante desde a primeira infância. Nossa gestão vai garantir novos Centros Municipais de Educação no Tânia Mara, Borato, Parque do Café, Santa Terezinha, Vila Raquel e no Jardim Cachoeira. Também teremos novas escolas no Recanto Verde, Jardim Panamá, Buenos Aires e Jardim Califórnia”, destacou.
Receita Per Capita
A economia da cidade também apresenta dados abaixo da média em comparação com municípios de mesmo porte do estado. Ponta Grossa soma Receita Per Capita de R$ 3.560, ficando atrás de Maringá (R$ 5.822); Cascavel (R$ 4.338); e São José dos Pinhais (R$ 5.449). Os dados são de 2022. “De nada adianta uma cidade crescer, se ela não se desenvolver. A qualidade de vida e as riquezas precisam chegar até as pessoas, em especial àquelas que mais precisam. Com essa visão, pensamos em Ponta Grossa que pode ser mais justa. Queremos incentivar o comércio, a geração de oportunidades, as políticas sociais”, concluiu Aliel.