Motorista que atropelou e arrastou idoso por 500 metros é preso 10 anos após morte da vítima, no Paraná

O motorista que atropelou e arrastou um idoso por 500 metros em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, foi preso nesta quarta-feira (3), praticamente 10 anos após o acidente e a morte da vítima.
O caso aconteceu em agosto de 2014. Inicialmente o motorista alegou que ele estava sendo feito de refém dentro da própria caminhonete no momento do acidente devido a um assalto, mas durante o julgamento ele confessou que mentiu e estava dirigindo o veículo. Saiba mais abaixo.
Em agosto de 2021, Eder Batista de Andrade, que atualmente tem 34 anos, foi condenado a 11 anos de prisão em regime fechado por homicídio simples.
Ele recorreu da sentença em liberdade e o mandado de prisão foi expedido em novembro de 2023, quando o processo transitou em julgado – ou seja, não permitia mais recursos.
Nesta terça (3) ele foi detido em Ponta Grossa e encaminhado à penitenciária da cidade.
Segundo a Polícia Civil, ele também possui antecedentes criminais por furto qualificado e receptação.
A advogada Regiani Araújo, que atua na defesa de Eder, afirma que ele aguardava o cumprimento do mandado judicial para o início da execução penal.
“Ele insiste em afirmar que o atropelamento da vítima foi um acidente de trânsito, vez que somente avistou o corpo do idoso logo depois de atravessar uma lombada […] Ele responde a ação indenizatória promovida pelos familiares da vítima na esfera cível, sendo que lamenta com sinceridade o resultado do atropelamento que vitimou o senhor Rubens Krum”, afirma a defesa do homem.
Motorista fugiu após atropelamento que matou idoso
O atropelamento aconteceu na manhã do dia 30 de agosto de 2014 no bairro Nova Rússia, em Ponta Grossa.
Segundo a Polícia Militar (PM), Eder fugiu após arrastar Rubens Krum, de 82 anos, por cerca de 500 metros. O idoso estava atravessando a rua Dom Pedro II, em frente ao Hospital Bom Jesus, quando foi atingido pela caminhonete.
A denúncia do Ministério Público (MP) afirma que Eder estava em alta velocidade e com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida.
De acordo com testemunhas, várias pessoas que estavam na rua viram a situação e gritaram para que o condutor parasse o veículo, mas não adiantou.
Motorista disse que caminhonete havia sido roubada
Eder se apresentou à polícia mais tarde no dia do acidente, e no primeiro contato falou à equipe de investigação que foi vítima de um assalto à mão armada e estava sendo feito refém dentro do veículo no momento do acidente.
Ele alegou que o criminoso o obrigou a pular para o banco do passageiro e abaixar a cabeça e que chegou a escutar barulhos, mas não sabia que o assaltante que conduzia o veículo tinha atropelado uma pessoa.
Durante o julgamento, ele confessou que mentiu e confirmou que estava dirigindo o veículo.
Fonte: G1