Correio dos Campos

COM ASSESSORIAS – A Paróquia Catedral Sant’Ana festejou seu jubileu com toda a pompa. Durante todo o dia, em meio a procissão e na missa celebrada pelo bispo Dom Sergio Arthur Braschi, as orações eram dirigidas a Deus, por intercessão da padroeira de Ponta Grossa, por todos os habitantes da cidade. As preces especiais dirigidas a Sant’Ana, no final da celebração, igualmente agradeceram e pediram bênçãos ao município em seus 200 anos. Prefeita Elizabeth Schmidt e a vereadora Joce Canto representaram os poderes públicos municipais.

“Tenho devoção a Nossa Senhora. Nada mais justo participar da missa, da procissão, até porque eu faço aniversário dia 25 de dezembro, junto com Ele (Jesus), tenho ela (Sant’Ana), como minha vovó também. Faz pouco tempo que estou morando em Ponta Grossa. Estou vindo ver de perto essa a tradição, junto com os 200 anos da cidade. Estou participando de tudo. A cidade me acolheu de braços abertos. Vim agradecer”, dizia Ana Lúcia Taborda Santos.

Dom Sergio lembrava que, este mês, estamos vivendo a festa da padroeira, Senhora Sant’Ana, que acompanha desde os primeiros tempos a nossa comunidade. “E a Palavra da primeira leitura faz elogio aos homens e mulheres antigos, aqueles que nos precederam, construíram aqui nessas colinas formosas a primeira comunidade católica que, no ano de 1823, no mês de setembro, exatamente no primeiro ano que se comemorava a Independência do Brasil, puderam constituir uma freguesia e uma paróquia e ter o seu primeiro pároco. E assim continuaram construindo, servindo aos que tocavam suas tropas, àqueles que por aqui passavam, com muita generosidade, seguindo o exemplo da Senhora Sant’Ana”, argumentava o bispo.

Segundo Dom Sergio, celebrando a festa de Sant’Ana e São Joaquim lembramos os que nos precederam, os que trouxeram, de geração em geração, essa firme fé. “Transmitindo e prodigalizando e se repartindo em tantas comunidades. No começo era uma pequena capela, e, durante pouco mais de 100 anos, continuaria a única paróquia na cidade de Ponta Grossa; quando, em 1926, vinha o decreto, a constituição do Papa Pio XI, criando aqui uma Diocese, escolhendo entre as 12 paróquias, que formavam o vastíssimo território da Diocese que estava sendo erigida, escolheu o Papa esta comunidade, a Paróquia Sant’Ana, na cidade de Ponta Grossa, para ser a Catedral, a igreja-mãe, da cátedra do bispo que chegaria”, detalhou ricamente.

Dom Sergio prosseguiu, citando a Sant’Ana de Castro, a paróquia-mãe, a cidade mais antiga, que precedeu Ponta Grossa – e que também festejava ontem (26) sua padroeira – e afirmando que o decreto do Papa enumerava paróquias que atualmente são sede de dioceses, como Guarapuava, União da Vitória, Palmas. E outras cidades, que não existiam, na época, como cidade (Campo Mourão, Umuarama). “Assim vemos a importância dessa paróquia, bicentenária, que é o embrião, a semente abençoada que vai se multiplicando, fazendo com o que missionariamente o Evangelho chegue a todas as famílias”, ressaltou. “Hoje, os que formam a comunidade Santana são descendentes dos que iniciaram a história, somados aos que chegaram, vindos de outros lugares, como eu. Isso é o que aprendemos dos nossos heróis e heroínas do passado”, reforçou.

O pároco da Catedral, padre Antonio Ivan de Campos, louvou a Senhora Sant’Ana e São Joaquim, que têm, conforme ele, acompanhado a comunidade ao longo desses 200 anos de vida, “abençoando também a nossa cidade, com tantas bênçãos, a maior parte desconhecidas. Louvamos e agradecemos. Uma paróquia pequena em sua extensão, mas sempre fiel, alegre, sempre dando bons frutos e partilhando deles a toda cidade. Agradeço aos padres, aos ministérios suscitados na Igreja, acólitos, coroinhas, equipes litúrgicas, ao Povo de Deus, de PG e muitos que vieram de longe, aos que tornaram possível essa festa colocando a mão na massa, os que forneceram produtos e serviços, vendendo bilhetes…Tanta gente que caminha conosco. O coral (Infanto-Juvenil da Paróquia) que vinha ensaiando para fazer bonito. Os que ajudaram anonimamente. Aos baluartes da paróquia, o espírito da nossa festa. E a Dom Sergio, que celebra os seus jubileus, sempre presente. Obrigado pela constante presença e doçura no meio do povo. Partilhamos com essa feliz cidade esse jubileu. Já nascemos abraçadinhos, a igreja e a cidade, sempre juntos, nos momentos difíceis e olhando com ternura e invocando as graças de Deus”, enfatizou padre Ivan.

Logo depois da missa, aconteceu o tradicional almoço, este ano, no Clube Ponta Lagoa. 692 ingressos foram vendidos. Durante o almoço, aconteceu o lançamento de um selo comemorativo pelo Ministério das Comunicações, por meio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. O selo personalizado é alusivo aos 200 anos da Paróquia Sant’Ana. Também em comemoração aos 200 anos da cidade e graças a uma parceria entre a Paróquia Sant’Ana e a Secretaria Municipal de Cultura, foi reaberto, oficialmente, o Museu da Catedral, já nesta quarta-feira (26).