Assembleia diocesana reuniu 550 católicos em Ponta Grossa
COM ASSESSORIAS – Para os 550 participantes da XV Assembleia Diocesana Avaliativa e Celebrativa que estavam na Paróquia São Sebastião/Santuário Diocesano de Nossa Senhora Aparecida, em Ponta Grossa, no sábado (8), o dia foi de chuva….mas, de bênçãos. Padres, diáconos, religiosos e lideranças leigas, ao lado de Dom Sergio Arthur Braschi, passaram toda a manhã refletindo sobre os quatro pilares da ação evangelizadora: Palavra, Pão, Caridade e Missão, em suas linhas de atividade, ordenando os avanços ante ao Plano Diocesano de Pastoral 2019/ 2023 e identificando onde a atuação pode ser ampliada.
A Assembleia, promovida pela coordenação diocesana da Ação Evangelizadora, à tarde, foi marcada por muitas homenagens ao bispo dom Sergio. O bispo recebeu presentes: a réplica de um barco, em acrílico, simbolizando, ao mesmo tempo, a experiência missionária do bispo e sua destreza de timoneiro na condução da Diocese. Um documentário sobre Dom Sergio, especialmente produzido para a ocasião, emocionou a todos. Entre os testemunhos, a presença de Dom Pedro Fedalto, arcebispo emérito da Arquidiocese de Curitiba, os padres Reginaldo Manzotti e Jaime Rossa, abade dom André Martins, OSB, entre outros religiosos e leigos. A Assembleia terminou com uma procissão motorizada em direção a Catedral Sant’Ana. Na igreja-mãe foi celebrada missa de encerramento, às 16h30.
Assembleia
A programação da XV Assembleia Diocesana Avaliativa e Celebrativa foi aberta às 8h30, com a oração inicial e, em seguida, a palavra do bispo, que lembrou do dia em que foi ordenado padre, na Paróquia São Francisco de Paula, em Curitiba, em 8 de julho de 1973. Dom Sergio festejava, exatamente no sábado, 50 anos de sacerdócio. “É um momento histórico em função dos meus vários jubileus, junto com o aniversário de 200 anos da primeira paróquia de Ponta Grossa. Quem está aqui vai poder dizer um dia: eu estava lá”, destacou o bispo. Os trabalhos envolveram uma avaliação e síntese da caminhada das paróquias, a partir das 1.500 respostas recebidas das comunidades a respeito do que foi vislumbrado do Plano Pastoral Diocesano dentro dos pilares Palavra, Pão, Caridade e Missão, e suas diferentes frentes.
O total de respostas foi sintetizado em 260 considerações, apresentadas, no sábado, pelos padres Claudemir Nascimento Leal, Evandro Luis Braun, Wagner Oliveira da Silva e Kleber Pacheco. A cada pilar abordado, alguns minutos para troca de impressões entre os participantes e uma salva de palmas. Dinâmicas coordenadas pelo padre Kleber, assessor para o Setor Juventude do Regional Sul 2, também ajudaram a animar e descontrair. “A Assembleia hoje reflete a caminhada em nossa Diocese. A partir do que ouvimos aqui precisamos nos perguntar: o que ainda se pode fazer? O que nos anima? Qual deve ser nossa postura? Devemos olhar para o passado com a postura da gratidão. Nós estamos a serviço da mesma Igreja. O compromisso é de todos nós, padres, diáconos e lideranças. Devemos levar da Assembleia sentimentos de gratidão, identidade, compromisso e esperança”, avaliou padre Joel Nalepa, coordenador diocesano da Ação Evangelizadora.
O bispo Dom Sergio lembrou que a Assembleia foi celebrativa pela partilha da alegria da fé, mas foi igualmente avaliativa. “Não para assumirmos novas decisões, mas para pensar no passado, no feito, e avaliar como estamos vivendo a sinodalidade. Estamos sendo a casa de portas abertas? Avaliar para retomar as opções que definimos, reassumindo a caminhada”, orientou Dom Sergio.
Homenagens
Logo depois do almoço, os trabalhos ganharam uma leveza maior. Dom Sergio pegou o violão e cantou uma canção. Foi lida sua história de vida e, em seguida, apresentado um documentário, com falas de 16 pessoas, entre eles, Monsenhor Hamilcar Mota da Silveira, diretor espiritual do seminarista Sergio Arthur Braschi; o arcebispo emérito da Arquidiocese de Curitiba, Dom Pedro Fedalto, que o ordenou sacerdote e bispo auxiliar de Curitiba; o atual arcebispo da capital, Dom Antonio Peruzzo e padre Reginaldo Manzotti, ex-alunos do, então, padre Sergio, nos seminários em Curitiba; o abade dom André Martins, responsável pelo mosteiro da Ordem de São Bento em Ponta Grossa; o pastor luterano Diego Bhiel, e, o vigário geral da Diocese, padre Jaime Rossa,
Foram pouco mais de 30 minutos. Todos atentos. Olhares risonhos e ternos. Dom Sergio se alegrava a cada aparição dos convidados no vídeo, acenava com a cabeça, concordando, rindo. Os depoimentos contaram um pouco do bispo: do seu modo de ser, suas habilidades, seus dons, suas atitudes e feitos, tudo permeado pelo próprio Dom Sergio, que também falou sobre sua família, sua infância, a descoberta da vocação e as alegrias e percalços da caminhada na Igreja. Padres Jaime, Joel e José Fernando Noriega Zegarra, da Paróquia São Jorge, deram testemunhos, citando situações e agradecendo Dom Sergio.
Padre Joel, além de comentar o apoio que sempre recebeu do bispo à frente de sua paróquia, na direção da Rádio Sant’Ana e na coordenação diocesana da Ação Evangelizadora, contou emocionado sobre as circunstâncias da morte de seu pai. “Eu era pároco na (Paróquia) São Miguel de Irati. Quando fiquei sabendo do falecimento de meu pai, eu liguei para Dom Sergio, contei, dizendo que ia organizar algumas coisas na igreja e sair para Teixeira Soares. Para minha surpresa, quando cheguei em casa, minha mãe veio me encontrar e disse: o ‘bispo está aqui’. Ele havia chegado antes de mim. Foi rezar conosco. A presença da ternura que fez toda a diferença e faz até hoje”, lembrou, chorando.