Correio dos Campos

COM ASSESSORIAS – Nesta segunda-feira (30), o Conselho de Desenvolvimento Econômico de Ponta Grossa realizou uma reunião virtual com o prefeito Marcelo Rangel (PSDB) e com a vice-prefeita Elizabeth Schmidt. O encontro discutiu a preocupação com a retomada das atividades comerciais, impactos para a economia da cidade e para a arrecadação do Município.

Rangel explicou que não adianta abrir o comércio imediatamente e não ter a segurança para isso. Ele justificou que esta situação não está imposta apenas para Ponta Grossa, porém, que a cidade tomou a ação com antecedência. “Trabalhamos bastante com comunicação e começamos a restringir e acompanhamos a evolução da doença. Não me arrependo, tanto é que nossos números estão sob controle”, avalia, comentando que tem apenas três casos confirmados na cidade e ninguém em estado crítico.

Ele relatou que em reunião dos prefeitos com o governador Ratinho Júnior (PSD) no final de semana, não foi descartada a possibilidade de continuar com o isolamento no Paraná até meados do mês de abril. “Nós prefeitos aconselhamos ao governo do estado para que tenha uma padronização para cidades, pelo menos as que contam com mais de 100 mil habitantes, em virtude de uma maior possibilidade de aglomerações. Já podemos pensar em uma retomada responsável como na volta do funcionamento nos escritórios de advocacia, de engenharia, clínicas de odontologia, lojas que atendem poucos clientes. Estamos fazendo um planejamento nesta semana para debater com os empresários”, afirmou o prefeito.

Foi solicitado ao CDEPG que auxiliasse a Prefeitura em decisões difíceis que não se tem unanimidade na sociedade, considerando que nestes assuntos ninguém é especialista em nada quando se trata desta epidemia. Em virtude disso, o prefeito explicou que neste planejamento que está sendo elaborado prevê restrições em estabelecimentos que gere aglomerações. “Não tem uma cartilha pronta, até porque não existe isso em lugar nenhum sobre o assunto, é tudo muito novo. Em Santa Catarina iriam flexibilizar e voltaram atrás. Ponta Grossa está muito bem na primeira onda da curva e a intenção é continuar assim”, falou Rangel.

O segundo semestre é uma preocupação do prefeito, considerando a estimativa de queda na arrecadação em virtude da pandemia. Ele lembra que o Município depende do ISS, de forma que se o comércio para, a Prefeitura também para de arrecadar. “Temos uma situação preocupante, mas não é somente Ponta Grossa. Teremos que saber resolver estas dificuldades. Primeiro temos que resolver a questão da Saúde. Além disso, temos ciência que gastaremos muito para a preparação do pico da doença por termos um Hospital Municipal e o Hospital da Criança, em que serão contratados 30 novos médicos”, explica Rangel, que disse estar otimista em mesmo com a crise gerada pelo novo coronavírus, entregar todas as contas da Prefeitura em dia.

O prefeito salientou a importância do CDEPG no atual contexto. “O Conselho será fundamental para a retomada e para o desenvolvimento da cidade nos próximos anos, que em virtude desta epidemia, não serão fáceis. Dessa forma, o CDEPG auxiliará as próximas gestões municipais”, conclui o prefeito.

Os conselheiros fizeram diversas observações, sendo em grande parte em apoio as ações do prefeito, como também algumas ideias foram debatidas. O presidente do CDEPG Wilson Oliveira avalia a reunião como positiva, pois demonstrou que Rangel está aberto as orientações que virão do órgão. “Estaremos nas próximas semanas desenvolvendo estudos e pesquisas para oferecer ao Município suporte técnico neste momento difícil para a economia e para o desenvolvimento de Ponta Grossa”, finaliza o presidente do CDEPG.