Correio dos Campos

Educação orienta escolas contra o ‘desafio da rasteira’

Educação de Ponta Grossa orienta pais e professores a conversarem com as crianças para reforçar laços de amizade e mostrar o perigo que o "desafio" representa
14 de fevereiro de 2020 às 18:51
(Divulgação/PMPG)

IMPRENSA/Ponta Grossa – As escolas municipais e CMEIs de Ponta Grossa estão recebendo da Secretaria Municipal de Educação cartazes orientando pais e professores a conversarem com seus filhos e alunos a respeito dos “desafios” que circulam pelas redes sociais. Trata-se de uma ação preventiva contra o que foi chamado de “Desafio da rasteira” ou “quebra crânio”, onde duas pessoas derrubam uma terceira, podendo machucar seriamente crianças, adolescentes e até adultos. Os cartazes trazem a hashtag #RasteiraNãoéBrincadeira.

No momento em que a ação de péssimo gosto ganhou ampla divulgação pelas redes sociais e gerou apreensão entre pais e professores, a SME passou a orientar as escolas a tomar uma atitude preventiva, buscando evitar que as crianças pudessem sentir vontade de topar o suposto “desafio”. No perfil da SME no Facebook, @educapontagrossa, a mensagem foi visualizada por mais de 130 mil pessoas e havia recebido quase 2 mil compartilhamentos até esta sexta (14).

“Nossa ação foi voltada para a prevenção, porque não é possível imaginar que isso não chegue até as crianças, em algum momento, por meio de algum celular, seu ou de familiar. Então é preciso conversar com as crianças. Nossa mensagem foi no sentido de reforçar o respeito e a amizade entre os colegas, mostrando que não se machuca ninguém em nome de um desafio ou suposta brincadeira”, aponta a secretária de Educação de Ponta Grossa, Esméria Saveli.

Prevenção

Elaine Cristina Lamoglia, coordenadora pedagógica da Escola Municipal Elyseu de Campos Melo, conta que o tema foi discutido na reunião pedagógica desta sexta-feira. “Primeiramente recebemos o alerta da SME sobre esse desafio que circula na internet. Então repassamos isso para as professoras e orientamos para que elas mostrassem aos alunos que não vissem isso como uma brincadeira, mas como uma forma de violência que poderia machucar e acontecer até matar”, relata. Ela também anota que o acesso à Internet é discutido em sala. “Eles têm que filtrar o que eles vêem na Internet, que nem tudo pode ser colocado em prática. Estamos sempre conversando para que eles possam discernir sobre o certo e o errado, e só fazer aquilo que não vá fazer mal a ele ou ao outro”, aponta a pedagoga.

Confira a mensagem da campanha:

Brincadeira de mal gosto não pode ser copiada.

A Internet é algo muito importante na vida de todos nós. Ela aproxima quem está longe, facilita a nossa vida e é uma ótima ferramenta para a Educação. Por outro lado, pode trazer ideias que viram moda não por serem boas, mas porque dão a falsa impressão de que vão oferecer uma breve fama – mesmo que possa fazer mal a alguém.

Os “desafios” que circulam nas redes sociais são assim. Pais, mães e professores devem estar atentos e explicar que o que faz mal para o outro ou para si mesmo não deve nunca ser imitado. Recentemente, o “Desafio da rasteira” machucou algumas crianças no Brasil e devemos sempre agir para impedir que isso aconteça. Machucar a si mesmo ou fazer mal ao colega só porque está nas redes sociais? Não pode!

Converse com seus filhos e seus alunos. A orientação é a melhor forma de prevenir.