Correio dos Campos

Municípios conhecem políticas da Educação de Ponta Grossa

12 de novembro de 2019 às 13:42
(Divulgação/PMPG)

IMPRENSA/Ponta Grossa – Representantes da Educação de 11 cidades dos Campos Gerais reuniram-se nesta terça (12), em Ponta Grossa, para conhecer as políticas educacionais do município e debater sobre melhorias para as práticas político-pedagógicas na região. A ação foi realizada na Secretaria Municipal de Educação (SME) e fez parte do Núcleo de Cooperação Pedagógica, criado pela Secretaria de Estado da Educação (SEED) para contribuir com a melhoria da escola pública.

Participaram gestores e equipes da Educação Infantil e Ensino Fundamental das cidades de Carambeí, Castro, Imbituva, Ipiranga, Ivaí, Palmeira, Ponta Grossa, Piraí do Sul, Porto Amazonas e Tibagi. No período da manhã eles conheceram as práticas realizadas em Ponta Grossa. Durante a tarde, visitaram uma escola municipal e um Centro Municipal de Educação Infantil. Conforme a secretária de Educação de Ponta Grossa, professora Esméria Saveli, a demanda por uma aproximação entre as redes municipais e a estadual é antiga e muito necessária. Um dos principais pontos de trabalho do Núcleo de Cooperação Pedagógica é a melhoria da transição dos alunos das redes municipais (até o 5º ano) para a estadual (a partir do 6º ano).

“É uma das coisas que sempre pedi ao Núcleo Regional. Nós não temos que fazer uma política de educação igual, mas com os mesmos princípios”, acredita a secretária. Nesta oportunidade, a SME compartilhou com os demais gestores as políticas de Ponta Grossa. “Temos sido bem avaliados pela nossa política de tempo integral e pela melhoria da escola pública. E a SEED, por meio da chefia do NRE, solicitou que nós socializássemos as políticas implantadas aqui”, conta Esméria.

A gestora falou sobre o Ensino de Tempo Integral, o assessoramento pedagógico feito pela SME nas escolas e o conceito de funcionamento em rede. Também falou sobre os sistemas de avaliação realizados: internos das escolas, pela SME, Prova Paraná e SAEB. “E da nossa política de formação continuada para os professores. Temos centralizado na alfabetização, leitura e na matemática, para que as crianças dominem essas áreas de conhecimento, fundamentais para que eles possam ir bem na segunda etapa do ensino fundamental”, detalha Esméria.

Segundo o Núcleo Regional de Educação, o Núcleo de Cooperação é uma parceria do Estado com os Municípios. Para a chefe do NRE Campos Gerais, Luciana Sleutjes, sua criação representa “um salto”. “Em 30 anos de Rede Estadual eu nunca tinha visto algo semelhante a esta aproximação das redes estadual e municipais. Nós precisamos entender a rede municipal. Porque eles são nossos alunos. Quando nós nos aproximamos, ganha o aluno, porque temos um foco mais direcionado ao seu aprendizado. Então é fundamental que as redes conversem. A proposta é educar juntos, em um trabalho coeso com um único objetivo: trabalhar pontos para que o aluno possa chegar na rede estadual e nós o recebamos entendendo o processo por que ele passou”, aponta Luciana.

A gestora acredita que é possível melhorar a transição dos alunos das redes municipais, onde estudam até o 5º ano, para a estadual, a partir da 6ª série. Com esta aproximação, será possível reduzir atritos que podem prejudicar o aprendizado. “Compreendendo o processo de aprendizado nas redes municipais, a gente também consegue fazer com que nossos professores, entendendo esse processo, consigam dar continuidade ao processo de aprendizagem com menos rupturas”, anota Luciana.

Estranhamento

A dimensão das escolas e do campo de conhecimento, entre outros estranhamentos, podem ser trabalhados para melhorar a relação ensino e aprendizagem. “A criança sai de um modelo com poucos professores, dependendo da rede, para outro com nove, com aulas de 50 minutos. Nosso professor precisa entender que o aluno precisa ser inserido nessa nova rede não de uma forma bruta, mas de maneira cautelosa, em que ele vá entendendo o processo para que não haja prejuízo no processo de ensino-aprendizagem”, considera a gestora.