Correio dos Campos

Feira destaca Economia Solidária

Empreendimentos se reunirão toda a semana
7 de novembro de 2019 às 14:18
A feira funciona das 8 às 20 horas. Produtos direto do produtor vem do Acampamento Maria Rosa do Contestado, de Castro. (Divulgação)

COM ASSESSORIAS – Todo o empreendimento que tem como princípio a autogestão, a democracia, a solidariedade, a cooperação, o respeito à natureza, o comércio justo e o consumo solidário pode ser classificado como de ‘economia solidária’. Cinco empreendimentos da Diocese de Ponta Grossa, acompanhados pela Cáritas, vão participar, semanalmente, de uma feira especialmente criada para comercializar artigos produzidos neste sistema. São vegetais orgânicos provenientes da agricultura familiar, alimentos e artesanatos diversos. A primeira edição da Feira de Economia Solidária aconteceu nesta quarta-feira (6) e vai se repetir toda a semana, das 8 às 20 horas, na nova sede da Cáritas, na Vila Liane.

De acordo com a assistente social da Cáritas, Érica Francine Clarindo Pilarski, estarão sendo comercializadas mochilas/sacolas de lona, a partir de R$ 25, verduras, legumes, mandioca, ervas, macarrão, pão e bolachas caseiros de R$ 3 a R$ 15, além de artigos artesanais (enfeites de mesa e de parede, panos de prato, capas para botijão, colares, pulseiras, brincos) entre R$ 5 e R$ 90. “Um dos princípios da Cáritas é o desenvolvimento local. A questão da comercialização justa era uma das coisas que dificultava. Quando viemos para o novo espaço, se pensou em organizar uma feira para os empreendimentos venderem, porque Economia Solidária é geração de renda”, comenta.

Ainda segundo Érica, participam da feira representantes de empreendimentos que fizeram cursos de formação em Economia Solidária e alguns integrantes da Incubadora de Empreendimentos Solidários da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Ieasol). “Tem iniciando o projeto cinco empreendimentos. Outras artesãs entraram para estarem participando também. Então, deve aumentar o número de participantes. É só nos procurar, se inscrever e escolher um horário”, explica a assistente social, contando que, ano passado, a Cáritas acompanhou quatro empreendedores, que representavam em torno de 20 famílias. “Este ano, só os (empreendedores) que vendem produtos orgânicos, por exemplo, envolvem 100 famílias”.

A Cáritas está funcionando à Rua Padre César de Buss, 335, na Vila Liane, próximo a Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Casa da Sopa

Tereza de Jesus Oliveira, a idealizadora da Casa da Sopa Vó Tereza, do Núcleo Quero-Quero, em Ponta Grossa, é uma das empreendedoras expositoras. Para a feira, trouxe essa semana tapetes, toalhas, centros de mesa, bolsas de crochê, artigos de decoração feitos à partir de garrafas pet e de vidro, caixas de leite e jornais, espanador confeccionado de restos de lã, porta papel higiênico, porta sacolas, capas para botijão e para recipientes de água, cortinas, flores de plástico, tudo produzido pelas mulheres atendidas pela entidade, que existe há 17 anos.

“O objetivo da Casa da Sopa é ajudar famílias em situação de risco de vulnerabilidade, fortalecer vínculos. São 120 famílias de toda aquela região, acompanhadas mensalmente, além dos que sempre aparecem. É um trabalho gratificante por ajudar pessoas que realmente necessitam”, explica vó Tereza. Algumas mulheres ajudam no ‘sopão’, a manipular os alimentos, fazer a limpeza, e, outras, trabalham com artesanato, acrescenta, citando que o dinheiro arrecadado com a venda dos artigos retorna a elas mesmas, quando necessitam de uma carga de gás ou de um vale transporte.

A entidade também auxilia a Pastoral da Criança, com as voluntárias que ajudam a cuidar das crianças e gestantes, fazendo a celebração da vida, mensalmente, e acompanhando a saúde da criança e da gestante. Ao todo, 150 crianças são atendidas, informa vó Tereza. O ‘sopão’ é servido todas as sextas-feiras, com alimentos doados pelo Projeto Feira Verde, da Prefeitura, e pelo Rotary. “Um feira como essa é muito boa. Ajuda a ajudar elas; além de comprar material, ingredientes para a sopa, carne, um tempero. Ajuda tanto as mulheres quanto a Casa da Sopa. É uma coisa muito valiosa”, destaca a responsável pelo trabalho.