Correio dos Campos

Alunos da Escola Municipal Professor Paulo Grott produziram as dobraduras para desenvolver a concentração e o ideal de paz na escola

10 de outubro de 2019 às 18:37
(Divulgação/PMPG)

IMPRENSA/Ponta Grossa – Na cultura japonesa, aquele que fizer 1 mil tsurus de papel utilizando a técnica do origami pode realizar um desejo. Foi este o desafio proposto pela equipe pedagógica da Escola Municipal Professor Paulo Grott, no Jardim Carvalho. Enquanto os alunos aprendiam e se dedicavam a fazer as dobraduras da pequena garça, tinham em mente uma ideia: desenvolver uma cultura de paz na escola. Nesta quinta (10) eles entregaram os origamis para a comunidade, no Parque Municipal Monteiro Lobato.

A atividade foi realizada durante a Semana da Paz, proposta pela Secretaria Municipal de Educação e realizada em toda a rede. As ações fazem parte do componente curricular Formação Humana/Ensino Religioso, desenvolvido nos CMEIs e Escolas municipais. Todas as unidades desenvolveram ações junto aos alunos, cada uma à sua maneira, tendo a paz como tema principal.

Na Escola Paulo Grott, o origami foi a forma encontrada para trabalhar a ideia. “Tivemos o objetivo de conscientizar de que, para termos a paz, precisamos valorizar a educação, o respeito, a generosidade e a bondade. Com a dobradura a gente desenvolve a coordenação motora, a paciência. Outra coisa bacana nessa atividade foi que eles se ajudaram, ao perceber que tinha colegas que estavam em dificuldade”, conta a pedagoga da escola, Suzi Chezini. “Fizemos 1.200 tsurus. Nosso desejo é que tenhamos paz em nossa escola e nossa cidade”, conta ela. Como pano de fundo, a escola trabalhou o tema como prevenção ao bullying e para aumentar o respeito entre os colegas.

Sérgio Luiz Assunção, formado em Filosofia e Teologia, foi voluntário e apoiou a escola na atividade. “O origami desenvolve a criatividade. De um papel em branco, as crianças fazem uma criação, que pode ser um sapo, cisne, cobra, lagarto, uma flor. Isso é o bacana do origami. Ele também pode ser usado na matemática, em línguas, história, geografia. E tem a parte lúdica, onde o aluno pode vivenciar, dar de presente, contar uma história. Além disso, o Tsuru é o símbolo da paz”, relata o filósofo.

A aluna Ana Beatriz Eising, do 4º ano, conta que fez mais de 50 tsurus. “Quando você está fazendo, só pensa que vai conseguir”, conta ela. Seu colega Arthur Lacerda da Silva também gostou do desafio. “Você sente alguma coisa quando está dobrando, sente algo diferente, sente paz. É só tentar, que você consegue”, incentiva ele, que fez mais de 200 garças de papel.

Sandra Mara de Souza, mãe da Daphne, do 5º ano, conta que a filha levou o trabalho para casa e envolveu a família. “Achei importante, pois assim conscientiza eles a fazer algo que ajuda na educação. Na escola, ajuda as crianças a prestarem mais atenção. Com o origami, eles já aprenderam que isso pode ajuda-los a se concentrarem mais em sala de aula”, acredita a mãe.