Correio dos Campos

Escola de Teologia vive ano jubilar

Perto de 1.500 leigos já fizeram seus módulos
20 de setembro de 2019 às 18:04
A missa foi celebrada pelo padre Wagner. (Divulgação)

COM ASSESSORIAS – No ano em que comemora seu Jubileu de Prata, a Escola de Teologia para Leigos Mãe da Divina Graça festeja a passagem de aproximadamente 1.500 alunos por seus módulos, em pouco mais de 12 turmas. Na última terça-feira (17), padre Wagner Oliveira da Silva, atual coordenador da Escola, celebrou Santa Missa em honra à padroeira da Diocese e também padroeira da Escola de Teologia, a Mãe da Divina Graça, celebração que contou com a presença dos alunos deste ano e de alguns familiares.

Durante a missa, padre Wagner expressou a gratidão a Deus pela vida dos alunos que já passaram pela Escola de Teologia, bem como de todos os professores e assessores. No momento da homilia, o padre leu, em clima de muita emoção, o testemunho de uma das alunas sobre um dos módulos tratados no curso. Após a celebração, houve uma confraternização.

A Escola de Teologia para Leigos Mãe da Divina Graça funciona em Ponta Grossa desde 1994, tendo como grande incentivador o, então, bispo diocesano dom Murilo Sebastião Ramos Krieger. O curso destina-se a todos os leigos e leigas que desejam conhecer melhor a fé católica. Seu conteúdo está pautado no Catecismo da Igreja Católica e é distribuído em um período de dois anos, organizados em 16 módulos, com quatro horas-aulas semanais, sempre nas terças e quintas-feiras. Os módulos têm a assessoria de padres diocesanos e religiosos, diáconos e consagrados.

Testemunho

“Neste dia de ação de graças pelos 25 anos da Escola de Teologia para Leigos quero dar meu testemunho. Há 17 anos, eu tive um aborto espontâneo que me doeu muito, pois era um filho muito esperado, e eu já estava com cinco meses de gestação. Questionei a Deus, queria esquecer tudo, fiquei revoltada, pois eu não conseguia entender o porquê disso ter acontecido. Meu marido guardou tudo o que nós tínhamos do bebê e me dizia que não queria me ver sofrer. Colocamos uma ‘pedra’ no assunto e não falávamos mais entre nós sobre isso. Nunca comentei com ninguém a respeito do aborto. Até que engravidei novamente, e não mais falei sobre o filho que eu havia perdido.

No ano passado, na Escola de Teologia, especificamente no módulo ‘do quarto ao décimo mandamento’, que menciona o aborto, eu comecei a reviver novamente a angústia da perda do meu filho, no fundo a ferida ainda estava aberta. Numa conversa com o padre assessor desse módulo fui orientada por ele sobre como eu deveria proceder. Hoje já consigo falar sobre o aborto espontâneo, meu marido e eu demos um nome para esse filho, ele se chama Gabriel; rezamos por ele todos os dias e falo para as pessoas que eu tenho três filhos. A perda de um filho é muito dolorosa. Deus o chamou antes de eu conhecer o seu rostinho, mas sei que Ele tem os seus motivos. Na Escola de Teologia eu aprendi que um dia eu vou reencontrar o meu filho, o Gabriel, e ele vai me acolher na porta do céu. Isso me tranquiliza e me conforta.

Agradeço à Escola de Teologia por ter sido o canal onde pude entender o que aconteceu e descobrir que é preciso viver todos os nossos momentos por mais difíceis que sejam. Ao assessor daquele módulo e à Escola de Teologia meu muito obrigado!”