Correio dos Campos

Comunidade se une e amplia igreja

Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro se transforma
17 de setembro de 2019 às 16:50
O padre é devoto de Nossa Senhora do Monte Claro desde a infância. (Divulgação)

COM ASSESSORIAS – Em um ano e meio, a Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro sofreu uma grande transformação. A mudança que é física, visível aos olhos, também é interna, no gosto que a comunidade sente em participar. Nas missas de domingo e quartas-feiras, a igreja fica lotada, e, é grande também a presença de fieis na adoração ao Santíssimo, às quintas-feiras. O envolvimento nas diferentes pastorais igualmente se intensificou. Tudo é festejado pelo pároco, padre Gilberto de Andrade Torquato, idealizador das obras que ainda estão em andamento e grande responsável pela injeção de ânimo nas pessoas da comunidade.

“É um grande milagre o que está acontecendo aqui”, afirma o padre que chegou à paróquia há três anos, “com uma vontade muito grande de trabalhar”. Ele conta que, há muitos anos, tinha pedido a Deus que, na mudança de paróquia, fosse para uma paróquia com título mariano. “Descobri Nossa Senhora do Monte Claro desde a infância, é uma realidade que trago desde o (o bairro do) Botafogo, desde o Rio de Janeiro, e a redescobri aqui. Incrível! Isso me encantou desde o princípio. Encontrei uma comunidade com bastante potencial e passei a trabalhar dentro de três pilares: espiritualidade, formação e melhorias na igreja, no templo. Alicerçando o lado espiritual, cuidando da formação, que é necessária, e cuidando daquilo que pode fazer pelo bem da comunidade, ampliações, reformas”, comenta.

Dentro desse espírito, em uma primeira fase de obras, a igreja teve o átrio ampliado, ganhou portal, pia batismal, sala de dízimo, confessionário, capela do Santíssimo, uma praça – a São Miguel Arcanjo – e o presbitério foi revitalizado. “Era uma estrutura limitada. Ficou maior mais clara e mais ventilada. Foi uma inspiração divina”, detalhando que, na parte ociosa, a praça tem a imagem de São Miguel em pedras que ornam o pedestal, chão, quatro bancos, pergolado e corrimão. “Grande parte de tudo, fruto de doação. Todos estão encantados com o que aquela área se transformou”, enfatiza, referindo-se a praça. No último dia 25, foi inaugurado o ícone de Nossa Senhora do Monte Claro, na frente da igreja. “Belíssimo. Nos custaria mais de 30 mil reais, mas ficou bem abaixo porque um dos nossos paroquianos trabalha com o (restaurador) Paulo Biscaia”, acrescenta. Dia 25 também foi aberto o ano santo, o ano jubilar.

Segundo padre Gilberto, todo o trabalho só foi possível graças a uma comissão de 12 pessoas, formada por ele, a quem apresentou projeto de reforma e, com ajuda de um engenheiro, tudo foi se transformando em realidade. “Vestiram a camisa, participam, se empenham e se dedicam. É uma comissão presente, que tem voz ativa, onde cada um tem sua responsabilidade, corre atrás. Foi assim que ampliamos a igreja em seis metros, sem gastar com a parte estrutural. Tudo fruto de doação, festas, campanhas, do dizimo, recursos próprios da comunidade. Nosso dízimo, por exemplo, que era 12 mil reais, hoje fica em média 18 mil, mesmo nesse tempo de crise. Arrecadamos mais de 800 mil em um ano e meio, para as obras. Milagre. Não tem outra palavra”, enfatiza. E esse envolvimento pode ser visto, conforme o padre, na participação na vida da igreja, na ação junto as pastorais ou no assumir da capela do Santíssimo, por exemplo. A comunidade assumiu a capela.

Voluntários

Ainda estão previstas uma segunda e terceira etapas de serviço, informa padre Gilberto. Será reformada toda a lateral da parte interna do templo, trocado o som, que terá quatro novas caixas, tudo até o ano que vem, quando acontecerá a dedicação da igreja. Gilson Luís Canteri, de 62 anos, paroquiano desde 1982, mora no Núcleo Santa Maria e elogia a atuação do padre. “Estava meio parada a comunidade e ele fez todos trabalharem, arregaçarem as mangas”, elogia, contando que ajuda há dois meses na reforma dos 80 bancos, lixando, envernizando e fazendo algumas peças, em um trabalho voluntário. “Me sinto muito bem porque estou colaborando com a obra de Deus”, frisa.

‘Me sinto realizado. Não trabalho para a Igreja, mas para Deus. Tudo o que faço é gratificante”, avalia outro paroquiano,.Jair Eurick, de 61 anos.