Correio dos Campos

Paranaense luta pela guarda dos filhos na Bulgária

27 de agosto de 2019 às 19:23
(Reprodução/Internet)

Por Melissa Eichelbaun
para o Correio dos Campos

A paranaense Rosângela de Fátima Sviercoski, natural da cidade de Castro, está há quatro anos em uma disputa judicial para ficar definitivamente com a guarda dos dois filhos que teve na Bulgária. A pesquisadora, que é formada em matemática aplicada, busca uma solução para que o governo do país europeu cumpra a decisão de que os filhos, Ioan e Angelina, fiquem com ela e não com o ex-marido.

Em 2006, a pesquisadora foi para os Estados Unidos e conheceu um cidadão búlgaro com quem casou no ano de 2008. No ano seguinte, o casal mudou-se para a Bulgária para desenvolverem um estudo e em 2012 ocorreu o divórcio. Logo em seguida, uma decisão judicial determinou que a guarda dos dois filhos que o casal teve ficaria com a mãe e o pai poderia ver as crianças semanalmente.

Em 2015, o ex-marido de Rosângela buscou os filhos na escola e levou as crianças embora para outra cidade. A atitude do pai desencadeou uma nova batalha judicial para que a mãe conseguisse ver novamente os filhos e fizesse valer a primeira determinação da guarda.

No entanto, em fevereiro de 2017, o ex-esposo da paranaense reverteu a medida da guarda e conseguiu a tutela temporária das crianças. A medida também dizia que a mãe teria direito de ver os filhos, mas segundo Rosângela isso nunca aconteceu.

A pesquisadora novamente acionou a justiça e em outubro de 2018, uma nova ação determinou que a guarda deveria voltar para Rosângela. Mesmo com essa decisão, a mãe ainda não conseguiu ver os filhos novamente, já que segundo ela, o ex-marido tem mudado constantemente de endereço para que a determinação não se cumpra.

Para pedir ajuda de autoridades e apoio de outras pessoas, Rosângela criou uma página no Facebook (https://www.facebook.com/pg/LittleYongiBook) onde ela atualiza semanalmente as novidades do processo que está correndo na justiça.

No  vídeo publicado por ela em 19 de agosto, a pesquisadora conta que talvez possa ver os filhos nos próximos dias. “Há uma esperança para que eu consiga ver eles na próxima semana, depois de um ano e meio sem notícias. Estou bastante esperançosa para que isso aconteça, mas tenho que aguardar a confirmação. As coisas estão caminhando e peço que todos continuem me dando apoio”, conta Rosângela.

Livro

Para deixar toda a história registrada, a paranaense fez um livro chamado ‘Ao pequenino Yongi’, onde conta uma fábula sobre alienação parental. O livro é uma forma de discutir o que Rosângela vive na Bulgária e alertar outras famílias sobre o tema. A pesquisadora entregou pessoalmente o livro para o Papa Francisco e pede que esse assunto seja debatido em todos os países.

Família

Rosângela é irmã da delegada-adjunta da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, Tânia Sviercoski, que tem ajudado na divulgação da história para mobilizar autoridades brasileiras. “Nós sofremos junto com ela, ainda mais por estarmos longe. Estou fazendo o que posso e indo em cada autoridade do governo federal para que a embaixada ajude a minha irmã a recuperar a guarda dos filhos. Nós temos tido uma boa receptividade nesses lugares e acredito que logo ela estará com as crianças novamente”, revela Tânia.

Dois deputados paranaenses, Aliel Machado (PSB) e Aline Sleutjes (PSL), estão empenhados em ajudar Rosângela. A ação dos parlamentares você confere na próxima matéria.