Correio dos Campos

Novas regras podem aquecer mercado imobiliário em PG

Governo anunciou alteração nos juros dos financiamentos
21 de agosto de 2019 às 14:21
(Reprodução/Internet)

COM ASSESSORIAS – As novas regras anunciadas pelo Governo Federal na tarde da terça-feira (20), que atrela as taxas de juros dos financiamentos ao IPCA, poderão aquecer o mercado de imóveis em Ponta Grossa e região. Pelo menos é o que esperam os diretores da Associação Paranaense de Construtores (APC).

Para Gabriel Stallbaum, presidente da entidade, esse novo modelo de financiamento dará maior fôlego ao mercado de imóveis acima de R$ 200 mil, voltado a famílias com renda a partir de R$ 4 mil mensais. “Deverá acontecer um aumento nos negócios de imóveis fora do [programa] Minha Casa, Minha Vida. O consumidor terá a possibilidade de escolha, favorecendo que muitas pessoas possam abandonar o aluguel e comprar sua residência. Ou mesmo para investimento”, explica.

Isso acontece porque, de acordo com o novo sistema, os financiamentos serão baseados na variação da inflação e não mais pela Taxa Referencial (TR), criada em 1991 como alternativa à hiperinflação e que também serve de referência para a poupança e para o FGTS. Dessa forma, as instituições financeiras poderão fixar taxas de juros mais baixas usando a variação mensal da inflação para os ajustes. Além disso, negociar os papéis das dívidas, reduzindo o custo dos financiamentos e aumentando a oferta de capital porque a variação pelo IPCA é mais interessante aos investidores que a TR. “Em um cenário de inflação controlada é muito interessante porque fica mais barato emprestar dinheiro. Mas claro, há o risco caso haja um aumento da inflação e isso deve ser considerado”, ressalta Gabriel.

Na opinião do vice-presidente da APC, Fabiano Gravena Carlin, esse é um momento importante porque marca a primeira de algumas medidas que devem fomentar do setor, o que anima os construtores dos Campos Gerais. “Vai aquecer o mercado. O governo já anunciou que está preparando um novo Minha Casa, Minha Vida, que é o sistema que a maioria dos pequenos construtores trabalha. Temos uma expectativa bem positiva para os próximos meses em relação ao retorno dos investimentos, o que reflete diretamente na economia local”, finaliza.