Correio dos Campos

Com nova torre, HGU busca autossuficiência na prestação de serviços

Com investimentos de mais de R$ 20 milhões nos últimos dois anos, cooperativa médica aposta em serviços próprios
1 de abril de 2019 às 17:07
(Imagens: Divulgação/Unimed)

COM ASSESSORIAS – Na última sexta-feira (29), a Unimed Ponta Grossa inaugurou a nova torre do Hospital Geral Unimed, a Torre II, que faz parte da ampliação dos serviços próprios da cooperativa.

O evento contou com a presença de mais de 140 convidados, incluindo autoridades, médicos, colaboradores e dirigentes de outras Unimeds do Paraná.

O prédio conta com mais de 2.500 metros quadrados e abriga a unificação do bloco cirúrgico, com a unidade de Hemodinâmica, centro cirúrgico e central de materiais esterilizados (CME) funcionando no mesmo andar. O espaço ainda vai receber o novo Unimed 24 Horas para atendimentos de urgência emergência, previsto para este fim de semana.

De acordo com Paulo Roberto Fernandes Faria, presidente da Federação das Unimeds do Paraná, o HGU tornou-se referência em serviços próprios no estado. “Hoje, a melhor estrutura de recursos próprios do Paraná, a melhor estrutura para enfrentar uma concorrência muito mais profissionalizada, muito mais capitalizada, é a da Unimed Ponta Grossa, a qual as demais Unimeds irão utilizar como benchmarking. Esse empreendedorismo cria um outro ambiente unimediano pro estado, pois torna evidente, em Ponta Grossa, qual o conceito do Sistema Unimed, qual a integração que a cooperativa daqui tem nos Campos Gerais e o quanto vai trazer de melhoria na qualidade assistencial pra toda a comunidade”.

Durante discurso, a vice-prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidt, citou a relevância da atuação da cooperativa na prestação de serviços de saúde no município. “A cidade até hoje continua recebendo pessoas de muitos lugares, que vêm prospectar mercados, estudar, conhecer, viver, trabalhar, fazer tratamento de saúde. Essa nova torre é um espaço físico que possibilita um atendimento de qualidade e eficiência a toda prova. Acima de tudo, um atendimento humanizado, onde o paciente tem, neste complexo, serviços concentrados para atende-las e, o mais importante, temos aqui a inteligência cientifica da medicina e da saúde atuando neste espaço”.

O planejamento da nova estrutura surgiu com o desfecho do imbróglio judicial entre a cooperativa e a Associação de Proteção à Maternidade e à Infância (AMPI), no início de 2017. Segundo Rafael Francisco dos Santos, presidente da Unimed Ponta Grossa, já no fim de 2016, o investimento no hospital havia sido aprovado em assembleia. “Os cooperados decidiram ampliar o HGU e dar a tão sonhada autossuficiência pro hospital. Então, tínhamos a missão de planejar, realizar e executar o empreendimento sem que os mais de 12 mil atendimentos que fazemos ao longo do ano fossem interrompidos”, ressaltou.

A autossuficiência dos serviços já vem sendo o foco nos últimos anos. A intensificação dos investimentos nos recursos próprios iniciou em 2017, quando a cooperativa abriu laboratório próprio de análises clínicas. De lá pra cá, já foram mais R$ 20 milhões investidos em estrutura própria, com a abertura de mais dois postos de coleta, a implantação de uma UTI neonatal e pediátrica e a reforma do centro de diagnóstico por imagem, que passou a oferecer o exame de ressonância magnética.

“Conseguimos todas essas realizações sem desestabilizar a saúde financeira da cooperativa, sem fazer chamada de capital. Esses nossos resultados confirmam que estamos no caminho certo. O caminho da verticalização, o caminho da autossuficiência, tem permitido q a Unimed Ponta Grossa possa oferecer atendimento de excelência aos mais de 90 mil beneficiários do sistema que residem aqui na região”, discursou o presidente.

Nos últimos dois anos, a cooperativa atingiu crescimento de 15,6% em número de vidas. Segundo Santos, em um cenário em que o mercado de saúde suplementar perdeu cerca de 3 milhões de beneficiários no mesmo período e que o PIB nacional cresceu 1% no ano passado, os números da Unimed são favoráveis não somente para a cooperativa, mas para a saúde suplementar local.

“Interpretamos esse resultado sabendo que a comunidade reconhece o trabalho realizados pela Unimed PG. A maioria dos clientes que foram incorporados na nossa carteira abriu mão de usar a rede credenciada, optando por utilizar exclusivamente os serviços próprios. Esses números alcançados e essa entrega que fazemos à comunidade dos Campos Gerais eleva o padrão do atendimento médico-hospitalar que prestamos. Desoneramos, ainda, o sistema público, criamos emprego, geramos renda e geramos impostos e tributos para a região”.

No próximo fim de semana (06), está prevista a migração do Unimed 24 Horas para o novo prédio, no qual será distribuído em dois andares e contará com uma organização diferenciada de atendimento, com o objetivo de diminuir o tempo de estadia de paciente não-graves no hospital, possibilitando assim uma melhor assistência para pacientes graves.