Correio dos Campos

Agrinho’ inicia formação de professores para edição 2019

Programa realizado em parceria entre Secretaria Municipal de Educação (SME) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) envolverá todas as escolas da rede em Ponta Grossa
25 de fevereiro de 2019 às 20:00
(Divulgação/PMPG)

IMPRENSA/Ponta Grossa – Os professores da Rede Municipal de Ensino de Ponta Grossa estão recebendo, a partir desta segunda (25) até quarta (27) as primeiras oficinas de trabalho oferecidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), para a realização do Programa ‘Agrinho’ 2019. Realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SME), o programa oferece formação de professores para o trabalho de conteúdos que façam a ligação entre o campo e a cidade, dentro da sala de aula.

Com suporte da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP), esta é a primeira formação realizada pelo SENAR/PR em todo o estado, neste ano. Daiane Maria de Oliveira, engenheira florestal e instrutora do órgão, conta que o primeiro encontro é realizado com as coordenadoras pedagógicas, que agora vão multiplicar os conhecimentos nas 84 escolas e 65 CMEIs de Ponta Grossa. O tema para esta edição continua o mesmo: “As coisas que ligam o campo e a cidade e nosso papel para melhorar o mundo”. Além das formações, o programa prevê também premiações para o trabalho de alunos e professores.

Após esta etapa, o trabalho ganha forma dentro das salas. “O próximo passo é o recebimento dos materiais pelos alunos. Os profissionais poderão realizar projetos, envolvendo alunos e comunidade, que deverão ser enviados até agosto ao SENAR. As bancas serão em setembro e a premiação em outubro”, resume a instrutora. Segundo ela, a ênfase da formação está na metodologia dos projetos, contemplando aprendizagem, trabalho e ensino. “Dentro deles, o foco está na aprendizagem, usando bastante o conhecimento e a comunicação do aluno, para ensiná-los a se expressar, a se desenvolver”, observa.

O programa busca que as crianças cresçam conectadas às questões do agronegócio, ao desenvolvimento sustentável, com autonomia do aluno. Em seus projetos, os professores possuem total liberdade para abordar os temas. “Queremos que as crianças cresçam com conhecimento maior sobre a produção e sustentabilidade, que têm que caminhar juntas. Que eles entendam que o campo depende da cidade e a cidade depende do campo”, anota Daiane. Para a coordenadora do Agrinho na SME, professora Aparecida Castanho, a participação tem trazido benefícios à rede municipal. “São conteúdos pedagógicos que apoiam os professores em sala de aula, abrindo várias perspectivas de trabalho. É uma conexão interdisciplinar com várias áreas do conhecimento, tendo como tema a conexão entre o campo e a cidade”, comenta a professora.

Histórico vencedor

Nas duas últimas edições do Agrinho, professoras da rede municipal de Ponta Grossa receberam o principal prêmio do programa. Em 2017 a professora A professora Flávia Corina Carvalho Vitkoski, da Escola Municipal José Pinto Rosas, no Parque Bonsucesso, foi premiada com um automóvel zero Km, por seu projeto na categoria Solos. Já em 2018 a professora Ana Paula Mara, da Escola Municipal Prefeito Heitor Ditzel, na Vila Dal Col, também recebeu o prêmio principal, com o projeto Rádio Comilão – que envolveu comunicação e alimentação saudável.

O principal no desenvolvimento nos projetos, conforme o órgão, é o envolvimento dos alunos. “O foco não está no prêmio, mas na aprendizagem dos alunos, no envolvimento da comunidade escolar. É preciso embasamento teórico e colocar o máximo de detalhes possível dentro do projeto, comprovar o que fez. A banca que vai avaliar não está aqui vendo o desenvolvimento do projeto, então o professor tem que mostrar como aconteceu, como a comunidade participou, o que os alunos aprenderam. O que ele trouxe de fora para a sala e da escola para a comunidade. Sem esquecer que precisa estar de acordo com o tema”, orienta a instrutora.