Correio dos Campos

Missionários da Diocese visitam famílias na Amazônia

Grupo de quatro pessoas passa um mês na Prelazia de Lábrea
26 de dezembro de 2018 às 14:14
Os batizados muitas vezes acontecem nos rios das região. (Acervo Pessoal)

COM ASSESSORIAS – Os quatro missionários da Diocese de Ponta Grossa que passam um mês na Prelazia de Lábrea começaram já com desafios a viagem para a Amazônia. A coordenadora do Conselho Missionário Diocesano, Neuci Marques de Jesus; a coordenadora diocesana da Infância Missionária, Sueli Aparecida Guimarães, e os seminaristas Jeferson Davi Sviercoski Sanches e Gabriel Pereira Freytag, embarcariam no dia 18, mas tiveram o voo cancelado em Curitiba, o que tornou a ida ainda mais demorada e fez com que o grupo chegasse à Prelazia somente no início da noite do dia 20.

Segundo Neuci, os missionários foram recebidos no Centro Vocacional Frei Jesus Pardo, que funciona como seminário propedêutico, pelos padres Henrique Giera, um dos vigários da Paróquia Nossa Senhora de Nazaré, e padre José Nilson Santos, que pertence à Diocese de Ponta Grossa e está há três anos na Prelazia. Após o jantar, houve um momento de espiritualidade. “No primeiro dia após a chegada, aconteceu uma reflexão ‘sobre como superar uma missão sem alma’, conduzida por Marcelo Vianna, coordenador do Conselho Missionário Paroquial, e a apresentação da realidade da Prelazia, no Centro Vocacional Frei Jesus Pardo. No dia seguinte, partimos para uma experiência missionária no Ramal 26. Saiamos para oferecer a todos a vida de Jesus Cristo!”, detalhou a coordenadora do Conselho Missionário Diocesano de Ponta Grossa, lembrando a frase do Papa Francisco, ‘prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas a uma Igreja enferma pelo fechamento e pela comodidade de se agarrar às próprias seguranças’.

“Experiências como essa que estamos vivenciando renovam o nosso ardor missionário e nos faz apaixonar-se cada vez mais pelo projeto de Jesus Cristo. Encontramos aqui um povo simples, que tem uma fé e uma esperança grande. Fomos muito bem acolhidos. Essas experiências de visitas nos ajudam com sua espiritualidade de vida a perceber a grandeza de Deus nas pequenas coisas. Sentimos a presença e o amor de Deus em cada sorriso de acolhida, cada abraço apertado, cada sofrimento partilhado”, destacou Neuci. A missionária citou que o grupo ficou três dias visitando as famílias do Ramal 26. “Houve momentos de celebração da Palavra, visita nas casas, orações, missa e batizados”, acrescentou. Apesar das grandes distâncias e da estrada com muita lama, devido ao período de chuvas, muitas famílias vieram para a celebração da missa e batismo.

Para o bispo de Ponta Grossa, dom Sergio Arthur Braschi, o envio dos missionários, entre os quais dois seminaristas tem intenção didático-pastoral. “(É) para termos no futuro padres cada vez alinhados mais com essa abertura além fronteiras. Porque não se ordena padre para ficar só em um lugar. Tem a responsabilidade por todas as regiões do mundo. Como dizia São Paulo: solicitude por todas as igrejas”, justifica o bispo. A Diocese desenvolve há mais de seis anos com a Prelazia o Projeto Igreja Irmã.

O grupo fica na Prelazia de Lábrea até o dia 17 de janeiro.