Correio dos Campos

Ação leva mais informação sobre fungos a pais de alunos na ‘Djalma’

Trabalho foi realizado em parceria com o curso de Biologia da UEPG, que realizou pesquisa sobre presença de fungos na escola
10 de dezembro de 2018 às 17:54
(Divulgação/PMPG)

IMPRENSA/Ponta Grossa – A Escola Municipal Deputado Djalma de Almeida César reuniu, nesta segunda (10), pais e alunos para uma aula diferente. Juntos, eles aprenderam mais sobre o problema que paralisou a escola por alguns dias, no final de outubro, quando uma série de casos de alergia preocupou a comunidade escolar. A suspeita é de que a presença de fungos – naturalmente presentes no ambiente, mas em excesso – possa ter causado ou facilitado o surgimento de alergias.

Após os casos de alergia, tanto em alunos quanto em funcionários, a escola ficou fechada durante sete dias para uma rigorosa limpeza – a suspeita recaiu sobre o excesso de umidade do ambiente, que teria facilitado o aumento da quantidade de fungos. Além disso, o local recebeu aplicação de lisofórmio, substância que elimina os fungos do ambiente. Esta estratégia foi sugestão do Biogen – Departamento de Biologia Estrutural, Molecular e Genética do Curso de Biologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa, que coletou amostras do local e orientou a ação.

Desde então, um acompanhamento está sendo realizado pelo curso, que terá continuidade em 2019. “Era um compromisso que havíamos assumido com os pais, de trazer esta informação. Fizemos as pesquisas com a UEPG, conseguimos esclarecer o que estava acontecendo e informamos os pais e a comunidade. Foi um processo muito transparente e só tivemos a ganhar com isso, pois agora teremos um projeto de acompanhamento permanente com o curso e poderemos levar os alunos até o laboratório”, conta a diretora Elizabeth Geron Rodrigues.

Durante a conversa com os pais e alunos, acadêmicos do curso de Biologia mostraram os fungos e bactérias, naturalmente encontrados em todos os ambientes, inclusive escolar, e como eles podem agir ou beneficiar o corpo humano. “Aprendi mais sobre quais são as bactérias que causam doenças, quais não causam, quais doenças elas causam, no que podem nos prejudicar e onde elas estão”, observa o aluno Christopher Alex Taborda, do quarto ano. No próximo ano, ele terá a oportunidade de conhecer o laboratório que realizou a pesquisa.

Para o professor Marcos Pileggi, do curso de Biologia da UEPG e coordenador da pesquisa, o caso foi uma oportunidade para levar mais conhecimento para a comunidade. “Estou achando isso aqui um trabalho fantástico para nossos alunos, chegar a um lugar que tinha uma quantidade grande de microorganismos, mas que, de repente, eles não sejam os culpados. E, também, explicar isso para os pais e para as crianças. Penso que todo o conhecimento tem que ser colocado para a comunidade. Estou achando isso fantástico. É isso o que a gente quer fazer. Abrir mais a universidade, mas tentar coloca-la de maneira efetiva para resolver problemas e para treinar seus profissionais”, avalia o professor.