Correio dos Campos

Pauliki pede em Brasília atenção especial do governo na reposição de médicos em PG

22 de novembro de 2018 às 15:15
(Divulgação)

COM ASSESSORIAS – Buscar soluções para a falta de médicos. A saída dos quase 8,3 mil médicos cubanos do programa Mais Médicos compromete o atendimento à saúde primária pública em todo o país. A gravidade da situação pode ser exemplificada em Ponta Grossa, que perdeu 75% dos profissionais. Diante deste cenário, o deputado estadual Marcio Pauliki esteve esta semana em Brasília requerendo atenção especial para a região que atua.

“Mesmo com os prefeitos tentando remanejar profissionais para tentar amenizar a situação, em alguns casos como Ponta Grossa a alta dependência dos médicos cubanos fez com que a área de saúde básica do município ficasse totalmente refém destes profissionais que agora deverão retornar ao seu país”, enfatiza Pauliki.

Como base de comparação, conforme aponta o edital do programa Mais Médicos publicado esta semana, algumas cidades como Londrina irão repor 10 profissionais; Foz do Iguaçu, seis; e Curitiba, cinco. A necessidade de reposição de Ponta Grossa é de 56 novos médicos. “Das 458 inscrições abertas pelo governo federal esta semana para 176 municípios paranaenses, mais de 12% é apenas para Ponta Grossa. Por isso, estamos reforçando às autoridades federais uma atenção e dedicação maior a nossa questão local”, ressalta Pauliki.

“Recebemos a preocupação legítima do deputado Pauliki e imediatamente tomamos providências mais específicas para sua região através do Ministério da Saúde”, relata Carlos Henrique Sobral, da Secretaria de Governo da Presidência da República.

Os vereadores de Ponta Grossa Jorge da Farmácia e Dr. Magno também manifestaram preocupação sobre a falta de médicos na cidade. “Essa é uma situação crítica e merece toda a atenção de nós e dos vereadores da Câmara Municipal. Destaco os vereadores Jorge da Farmácia e Dr. Magno que atuam na área e tem nos abastecido com informações atualizadas e técnicas a todo instante”, afirma Pauliki.

Pauliki também sugeriu algumas questões importantes para a área da saúde, entre elas, a implementação de uma política pública para que alunos de Medicina formados por universidades públicas e com ajuda do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (FIES) prestem obrigatoriamente serviços pelo SUS em um determinado período como forma de contrapartida a sociedade.

Outra proposta do Pauliki é a criação de um plano para que os municípios possam contratar médicos do particular para a prestação de serviço público em seus próprios consultórios. “A prefeitura pode e deve cortar os gastos com despesas não prioritárias e usar parte desse recurso para pagar pelos serviços médicos para que a população possa ser atendida”, explica o deputado. Devido às oscilações do sistema de cadastramento para as novas inscrições ao Programa Mais Médicos, Pauliki também pediu para que o prazo se estenda além do previsto atualmente, que é até o próximo domingo.