Correio dos Campos

Escola Djalma de Almeida César volta às aulas após ‘super limpeza’

6 de novembro de 2018 às 14:27
(Divulgação/PMPG)

IMPRENSA/Ponta Grossa – Após ficar fechada para uma limpeza completa, em virtude de uma série de casos de alergia registrados em alunos e funcionários, a Escola Municipal Deputado Djalma de Almeida César retornou à atividade nesta segunda-feira (05). O trabalho foi acompanhado pelas secretarias municipais de Educação e de Saúde e também pelo Biogen – Departamento de Biologia Estrutural, Molecular e Genética do Curso de Biologia da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Entre as ações realizadas na tentativa de eliminar possíveis causas das alergias estão a limpeza pesada em todos os detalhes da escola, incluindo todos os objetos de uso dos alunos e professores, bem como a aplicação de um fungicida – o lisofórmio – em concentração elevada, para eliminar a presença de fungos, encontrados em amostras coletadas pelos cientistas da equipe da UEPG – uma das possíveis causas investigadas para a alergia.

A suspeita é que a umidade excessiva dos últimos meses, normalmente mais secos, tenha contribuído para que fungos, que são comuns em todos os ambientes, possam ter encontrado condições para seu desenvolvimento e funcionado como ignição para as alergias. Por este motivo, além da limpeza pesada, foi indicado o uso do produto fungicida, combatendo esta possível causa. Durante o mês de outubro, cerca de 50 crianças e 12 funcionários apresentaram reações aparentemente alérgicas, com duração de 1 a 3 dias: vermelhidão na pele e urticária.

A pesquisa, no entanto, ainda não acabou. O estudo e acompanhamento estão sendo coordenados pelo Professor Marcos Pileggi, do Biogen. “É um trabalho que iremos convidar a comunidade a conhecer, por meio de exposições, inclusive na escola. O que encontramos é algo que é comum, nada fora do normal, porém, em uma concentração elevada, e que foi apontada a forma de correção. Para nós foi muito importante este trabalho, pois entendemos que este é o papel da Universidade, estar próximo da comunidade, com trabalhos de Extensão”, resume o professor.

A diretora Elizabeth Geron Rodrigues relata que a situação foi tratada com muita seriedade e que já foi normalizada. “A escola tratou o assunto com muita seriedade, porque no início percebemos que algumas crianças estavam com alergias e orientamos aos pais que fossem ao médico. Mas como os casos aumentaram, começamos a pesquisar e eliminamos várias causas, até chegar à questão do fungo, conforme apontada pela Universidade, como uma possível causa. Então fomos fazendo tudo por etapas, eliminando cada possibilidade. Acreditamos que, agora, está sanado o problema”, conta a diretora.

Para a secretária de Educação, Esméria Saveli, a situação enfrentada pela escola fortaleceu o grupo. “O mais importante disso tudo é que a escola e a Secretaria mostraram desde o início que trataram a questão com muita seriedade e transparência, junto aos pais e à sociedade. Foi um trabalho que teve o envolvimento de todos e que fortaleceu o vínculo entre diretora, professoras e funcionárias da escola. Agora tudo isso será tema de trabalhos pedagógicos junto às crianças e faz surgir uma importante parceria, que está sendo realizada com a UEPG, que prontamente nos ajudou neste enfrentamento”, conta Esméria.