Correio dos Campos

Casal divulgará missão da África nas paróquias

A experiência da Igreja do Paraná é única no Brasil
5 de novembro de 2018 às 20:10
Pedro e Salete Lang ficaram na Guiné Bissau por quatro anos. (AssCom Diocese de Ponta Grossa)

COM ASSESSORIAS – O casal de missionários Pedro Avelino Lang e Salete Lang, que passou quatro anos na Missão Católica São Paulo VI, na Guiné-Bissau, África, deve, a partir de agora, percorrer todas as 18 dioceses do Paraná, visitando as paróquias para alavancar a dimensão missionária, falando dos frutos deixados em Quebo, na Diocese de Bafatá. Além de estruturar a missão, ensinando os jovens uma maneira nova de construir, na evangelização, foram deixadas 27 turmas de Catequese, criado o Conselho de Pastoral da Comunidade e implantada a Pastoral do Dízimo.

“Estamos contentes com o que ajudamos a fazer. É uma grande alegria poder retornar e perceber a Igreja viva que está no Paraná. A missão iniciou aqui, está hoje estabelecida em Quebo e daqui para frente será preciso se mobilizar para cada vez mais ir ao encontro daquele povo”, destaca o diácono Pedro Lang, lembrando que, ao visitar as paróquias, a intenção é auxiliar a missão. “Será uma alegria poder divulgar, falar sobre a missão e assim motivar outros casais e famílias para irem em missão. Foi muito difícil ir, foi algo novo na vida, mas também foi difícil deixar aquele povo. Quatro anos não é pouco tempo. Parte do povo vem conosco. Dói o coração saber que a curto prazo ou mesmo a longo prazo é difícil haver mudança na área social. A situação lá ainda é bastante crítica”, lamenta.

“Os outros estão lá e continuarão com amor aquela missão para ajudar a conduzir aquele povo. Coisas grandiosas Deus fez no coração daquele povo tanto dos cristãos como também o nosso querido povo muçulmano que esta lá, com os quais tivemos a oportunidade de conviver. Tivemos a oportunidade de levar a presença da igreja católica para aquele povo. Dar testemunho do nosso batismo no meio deles”, comenta Pedro. Na Guiné Bissau, 90% da população são de muçulmanos. Assumiu a administração da Missão o casal Pércio Pereira Vitória e Márcia do Rocio Pereira Vitória, da Arquidiocese de Curitiba, que foram para a África dia 20 de outubro.

Única

Dom Mário Spaki, precursor de todo o trabalho missionário não só na Diocese de Ponta Grossa como no Regional Sul 2 (Paraná), enfatiza que a união de dioceses para abraçar um território – como aconteceu em relação à Diocese de Bafatá, na Guiné Bissau – é uma experiência única no Brasil. “Tudo começou com as Santas Missões Populares que mexeram com toda a comunidade da Diocese de Ponta Grossa e dali que nasceram os missionários que, depois, foram para a África. (Eles) faziam arte da equipe diocesana das Santas Missões, foram os primeiros a dar o nome”, relembra. Dom Mário, que é da Diocese de Ponta Grossa, era padre na época e coordenava o trabalho. “Vejo algo não que está se coroando, mas que continua. A missão não vai parar, está crescendo. Em Paranavaí, tenho três candidatos para a missão da Africa”.

O bispo de Ponta Grossa, dom Sergio Arthur Braschi, agradece a ajuda financeira da Igreja do Paraná, da equipe do Conselho Missionário Regional (Comire), que visitou as paróquias, junto com o então padre Mário,divulgando a missão, levantando recursos e fazendo a retaguarda que tornou possível o envio para a África dos conteiners com bíblias. “Estão lá, nas mãos do povo, que está recebendo o tesouro da Palavra graças a todo o Paraná. Obrigada! Deus abençoe os missionários que estão voltando, trazendo uma riqueza imensa, que vão começar a compartilhar conosco”, enaltece o bispo.