Correio dos Campos

Fiéis podem lucrar indulgência para falecidos

Basta visitar cemitério ou igreja e rezar, lembra o bispo
3 de novembro de 2018 às 19:41
As pessoas sozinhas ganharam a companha de jovens da Comunidade Shalom para rezar. (AssCom Diocese de Ponta Grossa)

COM ASSESSORIAS – Milhares de pessoas passaram pelos cemitérios de toda a Diocese de Ponta Grossa neste dia 2, Dia de Finados. Na Igreja da Ressurreição Cemitério Parque Jardim Paraíso, administrado pela Cúria Diocesana, aconteceriam duas celebrações, às 10 e às 15 horas, Na missa da manhã, em sua homilia, o bispo dom Sergio Arthur Braschi destacou as duas principais atitudes de Jesus contidas no Evangelho de hoje: a humanidade e a sensibilidade, própria do ser humano, e a fé na ressurreição, no poder de Deus. “Acabamos de ouvir um trecho de um fato tão conhecido, onde o grande amigo de Jesus, Lázaro, faleceu. Jesus ficou profundamente comovido, chorou”, citou dom Sergio, referindo-se a passagem bíblica de João 11, em que, orando ao Pai, o rei da vida, Jesus ressuscita Lázaro.

O bispo destacou que, para os cristãos, Finados tem outro sentido, não o de chorar os mortos. “Como Jesus passou pela sepultura e ressuscitou glorioso, temos a esperança da ressurreição. Vamos ao cemitério, rezamos, manifestamos esse carinho, mas sabemos que eles já estão lá, já atingiram a meta, estão mais próximos de Deus e da ressurreição. Isso para nós é consolador. Sempre gosto de lembrar que podemos, sobretudo, no Dia de Finados, ganhar indulgência plenária pelos falecidos”, explicou dom Sergio. Segundo o bispo, isso se consegue visitando o cemitério ou qualquer igreja e fazendo pequenas orações nessa intenção. “O Creio, Pai Nosso e uma oração pelo Papa (Ave Maria ou Pai Nosso) na intenção de lucrar perdão completo pelas dividas que eventualmente aquela pessoa tenha ainda dos seus pecados passados”.

Dom Sergio enfatizou que se pode lucrar o perdão várias vezes, cada vez que se entra em uma igreja ou cemitério. “Peço que os diocesanos não se esqueçam de aproveitar essa graça que a mãe Igreja oferece. Lembrando que nos outros dias, 1, 3, 4, 5, 6, 7 e 8, pode-se lucrar uma indulgência plenária por dia,.visitando uma Igreja. Como pré-condição, a Igreja orienta que se faça uma boa confissão e procure comungar”, detalhou o bispo.

No Cemitério Jardim Paraíso, houve programação especial neste dia. Além de missa, adoração, confissões, atendimentos de diáconos e trabalho de evangelização com os jovens da Comunidade Shalom. Maria Rosa Ribeiro, que veio rezar pelo marido e pelo irmão falecidos, contou vir ao cemitério todos os anos. “Venho rezar pela memória deles. Pelo meu marido venho também no aniversário de morte. Quando rezava o terço, duas jovens chegaram e se ofereceram para rezar junto. Foi maravilhoso! Agradeço muito. Ano passado, um padre perguntou se podia rezar comigo”, afirmou.

Alana Caroline Carneiro e Cibele Rodrigues são da Shalom. “É sempre uma experiência nova servir em Finados, no Dia dos Pais e no Dia das Mães. É renovar o chamado, ir ao encontro dos que sofrem e aprender com o sofrimento do outro através da dor do luto e da saudade”, dizia Alana. “É ofertar a vida por algo maior”, complementou Cibele.