Correio dos Campos

Perfil do Devedor: Dívidas até R$ 5 mil representam 96% da inadimplência

Secretaria da Fazenda realizou estudo sobre composição da inadimplência 2018 de IPTU e Taxa do Lixo em Ponta Grossa
31 de outubro de 2018 às 21:53
Levantamento deve orientar estratégias da Prefeitura para recuperação de débitos. (Divulgação/PMPG)

IMPRENSA/Ponta Grossa – A Prefeitura de Ponta Grossa, através da Secretaria Municipal da Fazenda, finalizou um estudo sobre a composição da inadimplência 2018 de IPTU e Taxa de Lixo na cidade, identificando qual é o perfil do devedor deste imposto. Entre os resultados, está a revelação de que são dívidas de até R$ 1 mil que compõe a maior parte da inadimplência, chegando a 73% do total devido por Pessoa Física. Do total de 148 mil cadastros que tiveram IPTU lançados em 2018, mais de 65 mil deles constam como inadimplentes.

“Saber que a dívida é composta em sua maioria pelo menor lançamento do imposto, até R$ 1 mil, nos surpreendeu bastante, porque imaginávamos que os principais devedores estariam entre IPTUs mais altos, ou mesmo entre os cadastros de Pessoa Jurídica. Nessa faixa, o valor devido ao Município já soma mais de R$ 16 milhões, grande parte do valor total devido em 2018, R$ 26 milhões. Se fossemos considerar um imposto com o valor máximo dessa faixa, R$ 1 mil, estaríamos falando de um pagamento parcelo de cerca de R$ 80 por mês, uma quantia que não seria inviável para boa parte das famílias”, avalia o secretário da Fazenda, Cláudio Grokoviski.

Para identificar o perfil do devedor do IPTU em Ponta Grossa, os cadastros inadimplentes foram separados entre os devedores Pessoa Física e Pessoa Jurídica e divididos entre faixas de dívida. Para PF as faixas são de R$ 1 a R$ 1 mil; de R$ 1001 a R$ 5 mil; de R$ 5001 a R$ 10 mil; e acima de R$ 10 mil. Para PJ, as faixas ficaram de R$ 1 a R$ 5 mil; de R$ 5001 a R$ 20 mil; de R$ 20.001 a R$ 50 mil; e acima de R$ 50 mil.

Depois dos devedores de até R$ 1 mil, a segunda maior faixa de dívida que compõe a inadimplência de IPTU também é de Pessoa Física, dos valores devidos até R$ 5 mil, chegando a quase R$ 5 milhões em atraso no ano de 2018. Somente na sequência é que os devedores Pessoa Jurídica impactam mais na inadimplência, com quase R$ 2,5 milhões devidos por cadastros PJ na faixa de até R$ 5 mil.

“Com essas informações em mãos, a Secretaria da Fazenda e a Procuradoria Geral do Município podem agora trabalhar focando na recuperação desses valores com estratégias voltadas a esse público. Somando os inadimplentes PF com dívidas de até R$ 1 mil e R$ 5 mil, chegamos a quase 97% da inadimplência, o que não representam valores altíssimos por mês. Analisando este cenário, que talvez boa parte da inadimplência não seja reflexo de dificuldade financeira, percebemos a necessidade de conscientizar a população sobre a importância desse tributo, que é aplicado em grande parte na Saúde e na Educação municipal e fazem muita falta em nosso orçamento anual”, detalha Grokoviski.

Histórico

O levantamento realizado pela Secretaria Municipal da Fazenda também identificou que a dívida Pessoa Física na faixa de até R$ 1 mil apresentou crescimento nos últimos dois anos, diferentes das outras faixas, que tiveram queda.