Correio dos Campos

Jovens são enviados para Jornada Mundial

Grupo que irá Panamá recebeu a bênção do bispo
19 de outubro de 2018 às 20:44
A cerimônia aconteceu na capela justamente por São João Paulo ser o patrono da Jornada Mundial da Juventude. (Assessoria de Comunicação/Diocese de Ponta Grossa)

COM ASSESSORIAS – Em clima de Dia Nacional da Juventude, na noite desta quinta-feira (18), aconteceu na Capela São João Paulo II, no Loteamento Roma, no Bairro Contorno, em Ponta Grossa, o envio de seis dos 16 jovens da Diocese que irão a Jornada Mundial, no Panamá, em janeiro de 2019. A celebração foi feita pelo bispo dom Sergio Arthur Braschi, seguindo os ritos do Caminho, na capela do patrono da JMJ, São João Paulo II e envolveu rapazes e moças que participam do Caminho Neo-Catecumenal da Paróquia São Pedro Apóstolo, do Sabará. Outros dez jovens integrantes do Caminho da Paróquia Nossa Senhora da Saúde também viajarão ao Panamá.

Os jovens de Ponta Grossa embarcam dia 17 de janeiro, indo até o Equador e seguindo de lá para o Panamá por terra, visitando igreja, santuários, seminários, mosteiros e fazendo evangelização em praças. “Não temos o roteiro pronto ainda, mas é tradição do Caminho participar de todas as jornadas. Não levamos os jovens para fazer turismo e participar passivamente, mas para que evangelizarem a região que vão visitar”, comentou Jorge Munhoz Júnior, que integra o grupo de apoio escolhido para ajudar os catequistas a levar os jovens. “A participação na Jornada tem cunho vocacional. O objetivo é trabalhar com os jovens o questionamento, ‘a que o Senhor me chamou?’, tanto que, depois do encontro com o Papa, acontece a celebração da Palavra, promovida pelos fundadores do Caminho, e, ao final, é feito o chamado vocacional, e os jovens que sentem o desejo, se levantam e vão para seminários, conventos ou ainda saem em missão”, explicou.

Os seis jovens da Paróquia São Pedro Apóstolo foram alvo diversas ações para levantar fundos para a viagem, entre elas a peregrinação de um oratório com a imagem do Papa São João Paulo II. O oratório passou pela casa de cerca de 60 famílias, junto com um cofre onde as pessoas podiam colaborar doando moedas. A peregrinação aconteceu de abril até este mês. Com 16 anos, Daniele Catarina Pereira, da quarta comunidade da diz que participar do Caminho é maravilhoso “Não se sente emoção, se sente realmente a fé. (O Caminho Neo-Catecumunal) Ensina a se preparar para a vida adulta. Quem não conhece está perdendo muito”, comentava, contando que participou das visitas às famílias. “Foi meio constrangedor porque não conhecíamos a maioria das pessoas, mas foi gratificante ver os rostos delas quando anunciávamos a Palavra; exultavam de alegria”, acrescentou. Daniele lembrou que é sua primeira Jornada. “Não tenho muito o que esperar, tenho que confiar em Deus. Ele agirá para que as coisas se encaminhem”.

O bispo dom Sergio enfatizou que o Caminho Neo-Catecumenal faz um resgate da iniciação cristã e de elementos da liturgia judaica, do início do Cristianismo. “É muito bonito ver os cantos, a vibração, o entusiasmo, exatamente no momento em que comemoramos o primeiro aniversário da dedicação da Capela e a visitação que esses seis jovens fizeram às 60 casas e famílias; eles que vão para a Jornada Mundial da Juventude, no Panamá. Estou feliz porque a semente missionária, com o passar dos anos, vai germinando, dando frutos, e vejo a Igreja Diocesana se preparar para o seu centenário aberta, que olha além-fonteira e que se propõe a evangelizar todo os povos”, afirmou o bispo.

Caminho

Jorge Munhoz Júnior participa há 18 anos do Caminho Neo-Catecumenal. “Experiencia profunda porque foi onde redescobri o meu Batismo, não na teoria mas na prática. O itinerário neo-catecumenal vai levando a uma descoberta gradativa da gente enquanto pecador, e vamos experimentando a misericórdia de Deus na prática. O que me atrai na Igreja é a redescoberta dessas riquezas, descobertas através do Caminho, a liturgia, o canto litúrgico a liturgia da Palavra, porque no Caminho faz a dinâmica a celebração da Palavra, Eucaristia e Comunidade, um tripé.que serve para nos manter ao longo da caminhada”, detalhou.

O publicitário citou que, graças ao Caminho, pode fazer a experiência em um seminário em Granada, na Espanha. “Conheci a realidade da Igreja lá. Percebi que a Igreja é muito rica, tem uma diversidade grande de dons e que somos um carisma entre tantos que fazem a Igreja”, enfatizou. Jorge já foi a três jornadas. Na do Canadá, em 2002, conheceu o Papa João Paulo II. “Experimentei a providência de Deus ao levantar o dinheiro necessário para ir, a precariedade da viagem… Pude perceber que eles (os jovens) serão os casais de amanhã, e, que Deus nos usa para conversar com eles. Nossa experiência como jovens facilita a afinidade. É um desafio interessante”, concluiu.