Correio dos Campos

Internet e dispositivos móveis: Família e escola devem aprender a se relacionar com o mundo digital

Facilidade no acesso a smartphones contribuiu para aumento de crianças e adolescentes online
16 de agosto de 2018 às 17:53
Foto: Divulgação

COM ASSESSORIAS – O acesso à Internet por crianças e adolescentes cresceu quatro vezes nos últimos cinco anos, de acordo com pesquisas do Comitê Gestor da Internet no Brasil (https://cgi.br/). A maior facilidade na compra de dispositivos móveis, como smartphones e tablets, contribuiu para essa realidade. Mas e os perigos que podem existir na Internet, como evitá-los?

Há riscos e armadilhas tanto no mundo digital quanto no físico. Evitá-las nem sempre é fácil, mas saber como proceder ou com quem conversar a respeito delas é possível e importante. “É necessário conhecer o site, o aplicativo, a tecnologia que está usando; saber como navegar na Internet, com quem pode e com quem não pode se relacionar. É ingenuidade acreditar que uma criança, que tem “habilidade” e sabe manusear a tecnologia já tem maturidade e formação suficiente para saber o que fazer com ela”, afirma a Gerente de Tecnologia Educacional do Colégio Sepam, especialista em Educação e Tecnologias Digitais, Talita Moretto.

O Sepam possui tablets para a realização de atividades que envolvem tecnologia digital. Os dispositivos são utilizados em sala de aula com planejamento. “Não incentivamos que os alunos tragam os celulares pessoais para a escola, pois as atividades com dispositivos móveis são contempladas igualmente utilizando recursos do colégio, tecnologia que já está preparada para atender às turmas. Não é necessário que os alunos utilizem o celular em sala de aula o tempo todo para falar com eles sobre segurança digital, para sugerir aplicativos úteis, para ensinar sobre navegação segura”, assinala Talita.

Confira algumas dicas para o uso seguro da Internet:

1) Diálogo: “Nas famílias que dialogam os filhos entendem o que é supervisão, que é diferente de invasão. Orientar o filho não é tirar sua privacidade, sua autonomia, mas sim ajudá-lo a usufruir dessa liberdade de forma que não cause danos a ele próprio”, esclarece Talita.

2) Adotar aplicativos de monitoramento: O Google Family Link [https://families.google.com/intl/pt-BR/familylink/] é um exemplo. Ele permite que os pais façam o gerenciamento dos aplicativos que o filho pode ou não instalar, bloquear ou ocultar aplicativos específicos e monitorar o tempo de uso definindo limites diários em horas de acesso.

3) Evitar a superexposição: Pais devem evitar a publicação em excesso de fotos das crianças, principalmente, com roupa de banho ou sem roupa (mesmo que seja bebê) e com o uniforme da escola. Fotos de viagens da família, de bens materiais (carros, joias) e internas da residência também devem ser evitadas. Não faça check-in em todos os locais que frequenta, pois revela informações da rotina da família, inclusive, horários.

4) Informar-se: O Family Online Safety Institute (FOSI – www.fosi.org) e Família Mais Segura – projeto do iStart (www.familiamaissegura.com.br) oferecem informações e guias para as famílias.

5) Seja um exemplo: Os adultos influenciam o comportamento das crianças e dos adolescentes. O modo de agir dos pais nas redes sociais, por exemplo, reflete no comportamento dos filhos.