Correio dos Campos

Doutores Palhaços são capacitados sobre controle de infecção hospitalar

13 de junho de 2018 às 16:03
Foto: Divulgação

COM ASSESSORIAS – Na última semana, os voluntários do SOS Alegria Doutores Palhaços passaram por um teste sobre controle de infecção. A medida é necessária para que o trabalho de humanização em hospitais não facilite a contaminação de doenças infecciosas aos pacientes e colaboradores, mas também na preservação da saúde dos próprios voluntários.

Antes do teste, os voluntários participaram de oficinas com o enfermeiro Rodrigo Petroski, que explanou sobre Controle de Infecção Hospitalar (CIH). Ele abordou, entre outros fatores, a Portaria 930 de 1992, do Ministério da Saúde, bem como a Norma Regulamentadora 32, do Ministério do Trabalho.

De acordo com estudo apresentado pelo Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar no Brasil do Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), produzido pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), realizado em 2017, as vítimas das infecções relacionadas à assistência a saúde, conhecida como Infecção hospitalar chega a 14,7%. No entanto, 71,7% destas produzem danos ao paciente.

Petroski explicou que o controle de infecção é de extrema importância, pois a infecção hospitalar é um dos maiores problemas enfrentados pelos hospitais e por profissionais da saúde, e a principal medida para controle das infecções é a higienização das mãos realizada de forma correta nos momentos indicados. “Controlar a infecção é garantir a qualidade dos serviços e atendimentos prestados dentro da instituição. Além disso, o impacto pode ser muito grande, pois quando há um surto, corre-se o risco do hospital até ser interditado”, disse o enfermeiro.

O enfermeiro salientou que no trabalho voluntário nos hospitais, até a organização do itinerário das escalas é importante para reduzir riscos de contaminação. De acordo com ele, o Pronto Atendimento (PA) deve ser deixado sempre por último, por não se saber qual o tipo de doença que se pode encontrar. Isso pelo fato dos pacientes ainda estarem em fase de diagnóstico, no atendimento”, explica.

Para a coordenadora artística do SOS Alegria, Micheli Vaz, a entidade ponta-grossense é uma das poucas no país que promove este tipo específico de qualificação para os palhaços de hospital. “Não adianta prepararmos os voluntários para que dominem os quesitos artísticos, para que promovam a humanização no ambiente hospitalar, mas que causem risco de contaminação para os pacientes, que em muitos casos já estão com a imunidade baixa. Este conhecimento é fundamental para que seja garantida a qualidade do serviço dos Doutores Palhaços”, explica Micheli.