Correio dos Campos

Bispo lança a Campanha da Fraternidade 2018

14 de fevereiro de 2018 às 15:37
O bispo dom Sergio ressaltou o papel do leigo na transformação da sociedade

COM ASSESSORIAS – Ao se referir à Quaresma como tempo litúrgico de especiais graças de conversão, de mudança de vida, o bispo dom Sergio Arthur Braschi lembrou que, no Brasil, esse tempo de conversão tem um foco específico por intermédio da Campanha da Fraternidade. “Não é apenas um caminho individualista, mas sim um caminho de conversão nas três dimensões: um caminho pessoal, um caminho comunitário, um caminho de toda a sociedade brasileira, num empenho de tornar visível a salvação que vem de Deus, concretamente”, ressaltou dom Sergio, na manhã desta quarta-feira (14), durante a abertura oficial da Campanha da Fraternidade 2018.

Este ano, o tema da Campanha é “Fraternidade e superação da violência, tendo como lema Em Cristo somos todos irmãos (Mt 23,8)”. Além do bispo e dos coordenadores diocesanos da Campanha da Fraternidade, Antônio e Íria Portela, participaram do lançamento representantes da imprensa e da Pastoral Catequética da Paróquia Nossa Senhora do Monte Claro e da Nossa Senhora Medianeira, da Pastoral do Trabalho, do Conselho Nacional do Laicato do Brasil/Ponta Grossa e das Comunidades Shalom e Colo de Deus. A imprensa e os agentes católicos conheceram o hino da Campanha da Fraternidade e ouviram partes do texto base deste ano, interpretadas por dom Sergio.

“O Brasil vive uma verdadeira guerra: apesar de ter menos de 3% da população mundial, nosso país reponde por quase 13% dos assassinatos do planeta. Em 2014, chegamos ao topo desse triste ranking, com 59.627 mortes violentas num ano. E mais da metade dessas mortes por arma de fogo (58%) são de jovens”, citou o bispo. Dom Sergio lembrou que os números apontados pelo Mapa da Violência 2016 mostram que são mortas por arma de fogo no Brasil cinco pessoas a cada hora, cerca de 120 pessoas por dia. “Estamos no Ano nacional do Laicato: busquemos redescobrir a vocação batismal e crismal, que nos exige transformar essa sociedade violenta como verdadeiro “sal da terra e luz do mundo”. Só assim seremos verdadeiramente irmãos! (Mt 23,8)”, orientou o bispo.

Para o coordenador diocesano da Campanha da Fraternidade, Antônio Portela, a mudança de vida tem de começar em casa. “É nas famílias que precisamos refletir sobre nossos comportamentos, nos avaliarmos como pessoas, como cristãos e, a partir desse exame de consciência, agir de maneira diferente, superando as diversas formas de violência”, argumentou. Segundo Íria, a coordenação da Campanha quer instigar, agora, os cristãos católicos a pensarem em como colocar em prática ações para a superação da violência. “Na realidade em que vivem, o que pode ser feito?”, emendou.

A Campanha da Fraternidade apoia projetos sociais das próprias comunidades diocesanas por intermédio da arrecadação que acontece no Domingo de Ramos.