Correio dos Campos

Candidatos a servir na África conhecem detalhes da missão

Pedro e Salete Lang conheceram vocacionados que vieram de todo o Paraná.
5 de fevereiro de 2018 às 17:45
O casal Pedro e Salete falaram da realidade africana em Guiné Bissau.

COM ASSESSORIAS – Cerca de 20 candidatos a servir ainda este ano na Missão Beato Paulo VI, em Quebo, na Dioecese de Bafatá, na Guiné Bissau, puderam conhecer o casal missionário Pedro e Salete Lang, saber detalhes sobre a realidade africana, falar de suas experiências e desfazer dúvidas a respeito da missão: documentação, vacinas, visto diplomático. O encontro durou toda a manhã e parte da tarde de domingo, no Centro Bíblico Regnum Dei, em Ponta Grossa, e contou ainda com a presença de dom Sergio Arthur Braschi, bispo referencial da Dimensão Missionária no Paraná. A partir da reunião, serão definidos os nomes de quem embarcará para Quebo em 2018.

O coordenador do Conselho Missionário Regional, Odaril José da Rosa, lembrou que, na sequência, a equipe interna se reunirá e escolherá, dentre os que estiveram no encontro, os que viajam este ano ainda. “Não sabemos quantos e quando. Vai depender da disponibilidade lá e dos encaminhamentos aqui; mas, com certeza, alguns vão este ano já”, informou. Em um segundo momento, será conversado com os mssionários indivudalmente e nas paróquias, “para ver a integração missionária”, acrescentou o coordenador. O bispo dom Sergio enalteceu a disponibilidade dos candidatos. “É uma grande bênção que tenhamos o despertar na Igreja do Paraná do espírito de sair além fronteiras. É motivo de grande alegria”.

Mariana Baião dos Santos, da Paroquia Santo Antônio de Pádua, em Santo Antônio da Platina, na Diocese de Jacarezinho, contou que o seu despertar missionário ocorreu em 2016, quando recebeu o convite para servir no Equador. Os pais, que sempre prezaram pelos estudos ( a mãe é diretora de escola), foram contra. A situação se complicou quando, depois de fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), obteve nota para entrar em três universidades, uma delas, federal. Conversou com o padre, rezou e decidiu que iria para a missão. “Pedi que Deus fosse abrindo o coração deles. Falei com meus pais e os lembrei que foram eles que me trilharam nesse caminho. Não aprendi o caminho da fé sozinha. Eles são os responsáveis. Eles rezam pelas vocações e hoje a vocação saiu da casa deles”, detalhou. “O convite para servir na África emocionou os dois”

Avanços

O diácono Pedro Lang afirmou que em 2017 a Missão de Quebo deu passos expressivos. “Foram avanços gigantescos quanto à evangelização, no sentido do Conselho Passtoral de Comunidade, da Catequese. Acompanhando a equipe local conseguimos mais pessoas para ajudar, demos formação para que eles mesmos possam ser os catequistas das crianças, adolescentes, jovens e adultos. Avançamos para as comunidades onde a Igreja não tinha chegado ainda. Consideramos que foi um ano abençado”, enumerou.

O missionário falou das duas casas que estão sendo construídas. Uma para acolher hóspedes e missionários, e outra para os padres, que terão maior privacidade e poderão atender pessoas no direcionamento espiritual e confissões. “Também estamos olhando já para a escola que virá e atenderá, oferecendo reforço em Língua Portuguesa para os estudantes e onde se ensinará a fundamentação aos que desejam aprender a língua”, comentou.