Correio dos Campos

FIEP apresenta Plano de Logística do Paraná

3 de outubro de 2017 às 15:57

Iniciativa visa modernização do transporte paranaense até 2035

 

A diretoria da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa (ACIPG), recebeu nesta segunda-feira (2) Darcy Miara Júnior, diretor da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), João Arthur Mohr, executivo do Conselho de Infraestrutura da Fiep e do superintendente Reinaldo Tockus. Eles apresentaram o Plano Estadual de Logística em Transporte do Paraná (Pelt 2035). A reunião contou ainda com a presença do presidente da CCR Rodonorte, José Alberto Moita.

O Plano, que foi entregue ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, foi elaborado com a participação de mais de 500 pessoas de vários setores da sociedade, e conta em um fórum permanente com a entidades com o Crea-PR, Aerp, ACP, Faciap, Faep, Fecomercio, Fecoopar, OAB, UFPR, GRPcom, Sebrae, entre outras.

A proposta conta com uma série de prioridades que visam a trazer melhorias ao sistema de infraestrutura e transporte do Paraná, com indicação de obras a serem realizadas até o ano 2035. Na apresentação, Mohr dividiu a explanação por modais como o ferroviário, rodoviário, aeroviário, dutoviário e portuário e as necessidades de modernização em cada um deles.

Entre as prioridades do modal portuário, Mohr apontou o lançamento de edital para arrendamento e licitações em Paranaguá, a construção de armazéns e de piers para ampliar a carga e descarga dos navios no Porto de Paranaguá.

Já em relação as estradas de ferro, Mohr explicou que atualmente chegam ao Porto de Paranagua cerca de 45 milhões de toneladas de grãos. Aproximadamente 10 toneladas chegam de trem e os demais 35 milhões de toneladas, pelo transporte de carga rodoviário. A intenção do Pelt, através da ampliação das ferrovias é até 2035, chegar a 30 milhões de toneladas da produção de grãos serem transportadas pelo modal ferroviário.

Mohr discorreu também sobre as ações necessárias para as rodovias paranaenses. Ele apresentou um cronograma de discussão, planejamento, elaboração e execução sobre a licitação dos pedágios para 2021. A sugestão é que sejam realizadas 40 audiências públicas, para uma nova forma de concessão de trechos rodoviários. O coordenador do Pelt destacou a importância do pedágio para as estradas no Paraná. “Além de garantir a qualidade de tráfego nas rodovias federais, o valor arrecadado com as concessões dos pedágios subsidiam melhorias nas rodovias estaduais não pedagiadas”, disse.

A preocupação foi acompanhada pelo presidente da CCR/Rodonorte quanto a incerteza sobre a responsabilidade pelas rodovias federais que cortam o Paraná, se permaneceriam com o estado ou se passariam para a União. “Um movimento político deveria ocorrer junto com o cronograma proposto pela FIEP para definição deste assunto”, disse Moita, que elogiou os pontos abordados pelo Pelt.

Sobre o modal aeroviário, Mohr abordou na apresentação mudanças necessária para o Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhais, bem como para o Aeroporto Santana, em Ponta Grossa.

O superintendente da Fiep cometou que o Pelt deve ser tornar realidade antes que se cristalize o setor produtivo pela deficiência no setor de transportes. “O Pelt deve ser visto com um plano de Estado, não ligado a um governo. “Sem logística é quase impossível do Paraná se desenvolver”, disse Tockus.

Para o presidente da ACIPG, Douglas Taques Fonseca, o Pelt contempla importantes mudanças nos principais meios de transporte que atendem o setor produtivo paranaense. Fonseca pontuou o apoio da instituição. “Para que o Paraná se modernize é necessário planejamento e ações. Os meios de transporte apresentados são o elo da produção do estado com o mercado interno e externo. Em virtude disso, merece a devida atenção. Parabenizo a Fiep pelo trabalho desenvolvido no Pelt e deixo a ACIPG à disposição”, disse o presidente.