Correio dos Campos

Estudantes de Ponta Grossa são premiados na Olimpíada Brasileira de Robótica

28 de agosto de 2017 às 13:29

O último sábado foi de muita competição, mas a equipe ‘The Robotic Maniacs’, que representou a Casa Leonardo na 10ᵃ Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR 2017), comemorou os resultados. Os meninos trouxeram para casa o Prêmio Maker, categoria inserida nesta edição para premiar a equipe que criou um robô com peças feitas pelos próprios alunos, e com menor número possível de materiais prontos de kits. “A equipe usou materiais recicláveis, e botou a mão na massa para desenvolver seu robô. Além disso, foi uma das únicas a usar a plataforma Arduíno para construir sua invenção, entre mais de cem equipes. As demais utilizaram material da Lego”, explica o professor e instrutor da equipe, Evandro Kafka.
Capitão da equipe durante a competição, o aluno Bernardo Rosas contou que a criação apresentada rendeu elogios dos jurados da OBR. “Eles ficaram espantados por alunos de 10 e 11 anos estarem utilizando o arduíno para montar o robô”, disse, orgulhoso.

Conforme a representante estadual da OBR no Paraná, Thalita Pimenta, a dedicação, a inovação e a criatividade das equipes também são avaliadas e reconhecidas por meio de prêmios extras, como o Maker. “Esse prêmio demonstra comprometimento e criatividade no uso de tecnologias diferentes, especialmente ao não utilizar os kits mais comuns que são os da Lego”, aponta.

Além de competir, os quatro meninos Bernardo, Felipe Pietruchinski, Matheus Gorte e Pedro Oliveira Billerbeck puderam acompanhar algumas novidades da robótica, além das batalhas de robôs. “Nós como pais temos que estimular quando percebemos que eles têm interesse, ainda mais por tecnologia, que está cada vez mais em alta, e em todas as áreas de conhecimento”, avalia Vanessa Gorte, mãe do Matheus.

Este ano, foram duas as equipes de Ponta Grossa a participar do nível 1 da modalidade prática: ‘The Robotic Maniacs’ e ‘Ice Dragons’. “A cada ano temos um aumento significativo de equipes do nível 1 e nível 2. Ficamos ainda mais contentes de recebermos equipes de todo o Paraná”, destaca Thalita, antecipando que os organizadores da OBR estão planejando a realização de etapas regionais a partir de 2018. “E uma das cidades candidatas a receber o evento é a cidade de Ponta Grossa”, conta.

As 110 equipes que disputaram a modalidade prática do nível 1 (para alunos do ensino fundamental) da OBR 2017 tinham como missão construir um robô autônomo para simular um resgate de vítimas em um ambiente inóspito. Em diversas plataformas, as equipes tinham que contornar obstáculos. A cada obstáculo vencido, uma pontuação. “Nossa equipe pontuou pouco, mas como estávamos estreando na Olimpíada o esforço foi muito válido. Conseguimos verificar como funciona e vamos focar nos próximos anos”, antecipa o professor, destacando um novo objetivo: “se classificar para a fase nacional, e chegar mais longe”.