Correio dos Campos

Recordista de emendas para Piraí do Sul, Aliel Machado promete continuar atendendo as demandas da cidade

O deputado do PSB, reeleito para a Câmara dos Deputados, foi o segundo entrevistado do Correio dos Campos na série de conversas com os três parlamentares mais bem votados na cidade
31 de outubro de 2018 às 20:44

REDAÇÃO/Correio dos Campos – Reconduzido para o segundo mandato na Câmara dos Deputados, Aliel Machado foi o segundo candidato mais votado de seu partido em todo o Paraná, o PSB, ficando atrás apenas do ex-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci.

Com uma votação ainda maior que a conquistada nas eleições de 2014, o parlamentar defenderá os interesses dos Campos Gerais pela segunda vez consecutiva.

Apoiado em Piraí do Sul pelo amigo e braço direito, Douglas Carneiro, Aliel contou ainda com uma série de voluntários que abraçaram a campanha e acompanharam todos os passos do deputado durante o seu primeiro mandato. Com uma expressiva votação, ele foi o segundo deputado federal mais votado no município.

Eleito com 95.386 votos, Aliel Machado alcançou o status de décimo quarto deputado federal mais votado no estado, número que o coloca num seleto e pequeno grupo de políticos paranaenses que foram reeleitos para darem prosseguimento ao trabalho na Câmara dos Deputados.

Confira a conversa que o Correio dos Campos teve com Aliel Machado.

1. Como o Senhor avalia a campanha de 2018 de uma forma geral?

Tivemos uma campanha muito difícil, uma campanha de negação da política, de muitos ataques, de muitas mentiras e de revolta da população pela crise pela qual nós nos encontramos, num momento de desemprego, um momento em que a população está sofrendo pelos desmandos e pela roubalheira.

Isso fez com que as pessoas negassem a política. Por isso, quem já estava no mandato teve mais dificuldades. Muitos candidatos usaram discursos fáceis, contra o sistema político e contra algumas pessoas com mandato.

Sobre o ponto de vista individual, eu avalio essa campanha de uma maneira positiva. Nós aumentamos nossa votação, baseado no trabalho realizado em todo o estado. Eu não surfei em onda nenhuma, não sou filho de político nem de empresário, não sou dono de rádio ou de televisão e, portanto, contei com um trabalho feito, de fato, todo na base.

O resultado me deixou bastante contente. Tivemos aumento de votos, inclusive em Piraí do Sul.

2. Quais as principais bandeiras levantadas pelo Senhor em campanha e qual será a sua linha de trabalho durante a próxima legislatura?

As principais bandeiras que nós defendemos é dar continuidade ao nosso trabalho e tomar muito cuidado, porque nós vivemos agora uma grave crise econômica no país. Geralmente quando há uma crise econômica como essa quem paga o preço são as pessoas mais humildes, o pequeno e médio empresário.

As reformas que envolvem o debate político em Brasília não podem cobrar a fatura do pequeno empresário, como fez o Beto Richa quando aumentou os impostos das empresas, ou o governo federal quando aumentou o preço dos combustíveis de forma absurda. Aliás, essa questão nós combatemos de uma maneira muito firme em Brasília.

A reforma tributária precisa acontecer, mas ela será uma reforma positiva ou negativa? Se ela vier para aumentar o número de impostos ou se ela cobrar a fatura dos mais humildes e do pequeno empresário, definitivamente ela não valerá a pena.

É preciso ter uma reforma tributária importante, que desburocratize e que diminua os impostos, além de possibilitar a diminuição dos privilégios. Uma reforma que busque o atendimento do estado para as pessoas que realmente mais precisam.

Os trabalhadores, as pessoas mais humildes e os professores não podem pagar o preço que muitas vezes as áreas econômicas querem cobrar dessas pessoas e dessas categorias.

3. No caso específico de Piraí do Sul, a que ou a quais fatores o Senhor atribui o desempenho de destaque na eleição local, e quais os compromissos que foram assumidos a população piraiense?

Credito minha votação em Piraí do Sul as pessoas que me acompanham, voluntárias, comprometidas com a cidade e que sempre me procuram pedindo auxílio ao município, como o doutor Sérgio Castanho, a professora Ludi, o Douglas, o Adão do Conselho Tutelar, o Demario e a família dele, o Taylor, enfim, muitas pessoas que formam o grupo político que nos defende na cidade e que nos ajudaram nessa eleição.

Além disso, teve também o trabalho prestado. Eu sou o deputado federal que mais recursos levou neste três anos para Piraí do Sul através de emendas individuais, verdadeiras. Foi um trabalho realizado de forma concreta em várias áreas: na saúde, na infraestrutura, na compra de equipamentos, no esporte e na educação.

Muitas áreas de Piraí do Sul receberam recursos de nosso mandato e as pessoas reconheceram esse trabalho. Eu fui muito bem recebido na cidade. Outro fator que contou muito foi poder pedir votos tendo a ficha limpa, não respondendo a nenhum processo, tendo o respaldo de ter sido alguém que enfrentou a velha política, os desmandos e os privilégios. Essas são ações importantes que nós sempre tomamos muito cuidado e que é obrigação de todo político, mas que infelizmente virou exceção.

Nossa forma de trabalhar nunca ficou apenas no discurso. Fomos para a prática através de ações verdadeiras de combate a corrupção e também do exemplo que nós temos de dar para as pessoas.

Com Piraí do Sul assumi o compromisso de continuar atendendo as demandas do município. Nós vamos continuar vendo as áreas prioritárias, independentemente de questões partidárias, já que o importante é atender as pessoas. Fiz isso nesse mandato e vou continuar fazendo para auxiliar o município.

4. Com a vitória de Bolsonaro no último domingo, como o Senhor pretende atuar na Câmara dos Deputados?

Acredito na independência. Um deputado que integra a base para defender projetos e as convicções do governo, tudo bem, mas aqueles que integram a base para que os partidos escolham cargos, para fazer negociatas políticas, para ter parentes indicados ou para poder resolver problemas pessoais ou de suas empresas, aí eu já sou totalmente contra.

A minha convicção como deputado federal é ter a liberdade de ajudar o governo quando forem apresentadas propostas positivas para as pessoas, mas também de ter a mesma liberdade para criticar, denunciar ou cobrar posições sobre temas importantes que envolvem a vida das pessoas.

Nesse sentido, me refiro especificamente as ações que envolvem essas propostas de ordem econômica, de ordem moral e de ordem política, que muitas vezes não são boas para a população. E dou um exemplo: toda a negociata que existiu quando o presidente Temer alinhou a aprovação da terceirização irrestrita, da reforma trabalhista e de algumas outras ações. Isso me preocupa bastante.

Portanto, reitero que defendo a liberdade para ajudar o presidente eleito em tudo aquilo que for bom e correto, como defendo também o direito de denunciar, criticar e não se curvar quando observar algo que a gente não concorde e que deixe de atender quem mais precisa.