Correio dos Campos

Moradores protestam por fechamento de posto de saúde em Piraí do Sul

21 de fevereiro de 2018 às 23:44

REDAÇÃO/Correio dos Campos – Moradores das vilas Paraná, São Pedro e Nossa Senhora Aparecida ocuparam a frente da Unidade Básica de Saúde Dr. Jorge Elizário Miguel na tarde desta quarta-feira (21) para protestar pelo fechamento da unidade, anunciado ontem pela prefeitura municipal.

O anúncio da suspensão dos serviços da UBS, feito pelo secretário municipal de saúde, Julio Cezar Sandrini, no Diário Oficial do Município na terça-feira (20), causou revolta e descontentamento dos usuários dos serviços do posto de saúde. Mensagens desaprovando a decisão da prefeitura encheram rapidamente as páginas de redes sociais e grupos de aplicativos de celular.

Uma paciente da unidade procurou o Correio dos Campos logo pela manhã de hoje (21) para comentar o assunto. “O povo precisa muito do postinho. Temos moradores com problemas nas pernas, feridas e aqui era onde faziam os curativos. Agora as pessoas vão precisar se deslocar até os outros bairros para atendimento, enquanto precisamos das consultas aqui. Não é justo que por causa dos roubos (furtos) a população tenha que pagar por isso”, desabafou.

Motivo do fechamento – Segundo a resolução publicada pelo secretário de saúde, a causa para o fechamento da UBS foram as recorrentes invasões da unidade. A publicação citou que equipamentos foram levados nos furtos e que a estrutura foi danificada nas ações dos ladrões.

O documento justificou que por isso foi necessário a suspensão do atendimento para a aquisição e reposição dos materiais e equipamentos furtados, além da realização dos reparos para recuperação da estrutura que sofreu com a ação dos invasores. A prefeitura informou ainda que a decisão é temporária e que a UBS deve retomar seus serviços tão logo as providências sejam tomadas.

Dúvida – Descrentes, os moradores da região mostraram receio em relação a afirmação feita pelo secretário Julio Cezar Sandrini. Segundo eles, o mesmo aconteceu com o fechamento do CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) que antes funcionava no bairro.

“Disseram que era temporário, mas tiraram o CRAS daqui e agora temos de atravessar a cidade toda, faça chuva ou faça sol, para ter atendimento. Meu medo é que o mesmo aconteça com o posto e ele só abra com o próximo prefeito, porque com esse nunca mais”, relatou uma das pessoas que participou da manifestação de hoje.