Correio dos Campos

Polícia prende comparsas de princesa do tráfico que atraiu vítimas para o motel

22 de maio de 2020 às 08:50
Foto: Ric

Três suspeitos de envolvimento com o assassinato de Felipe de Almeida Matimiano, 17 anos, e com a tentativa de homicídio de um rapaz, de 18 anos, identificado apenas como Leonardo, foram presos na manhã desta quinta-feira (21). Os homens seriam comparsas de Karine de Sousa Taveira, conhecida como ‘princesa do tráfico’. 

Os crimes aconteceram no dia 3 de abril deste ano, no bairro Cidade Industrial de Curitiba. Na ocasião, Karine, que foi presa no início de maio, marcou um encontro amoroso com as vítimas em um motel, mas quando os dois chegaram no local foram surpreendidos com inúmeros disparos de arma de fogo.

De acordo com a Polícia Civil, os crimes estão ligados a disputas do tráfico de drogas na CIC e no centro da capital – principalmente na rua Trajano Reis, no bairro São Francisco – e Felipe não era alvo dos criminosos.

“Essa suspeita, a mando de um dos homens que foi preso hoje, serviu de isca para esses indivíduos. A intenção inicial do grupo era de matar Leonardo, que seria um rival deles na comercialização dos entorpecentes. Infelizmente, o Leonardo acabou levando o seu amigo Felipe e quando chegaram ao local combinado com Karine, era uma emboscada”, explica o delegado Thiago Nóbrega, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O delegado ainda completou:

“Ela se valia da beleza que possui não só para comercializar entorpecentes como também para enganar terceiros através de sua boa lábia. Ela confessou sua participação no homicídio” .

Conforme a investigação, os três suspeitos participaram da armadilha, dois atiraram contra os jovens enquanto o terceiro dirigia o veículo usado para fuga. O envolvimento de um deles, apontado como o chefe da organização, em outros homicídios também é apurada.

Na residência de um dos suspeitos foi encontrada uma grande quantidade de drogas, que será usada como prova.

Princesa do tráfico

Karine possui pelo menos 17 passagens pela polícia, além do envolvimento com o homicídio. Ela costumava divulgar onde estava pelas redes sociais, normalmente, no centro da capital, onde era possível realizar o tráfico sem chamar muita atenção.

Fonte: RicMais