‘Ele foi treinado para sobreviver’, diz mãe de soldado sobre esperança de encontrar filho desaparecido no Rio Paraná
“Estou esperançosa. Ele foi treinado para sobreviver”, disse a mãe do soldado do Exército Daniel Elgelmann, de 19 anos, que desapareceu no Rio Paraná após um acidente na noite domingo (10). As buscas pelo jovem continuam nesta terça-feira (12), em Guaíra, no oeste do Paraná.
O jovem desapareceu, segundo a 15º Companhia de Infantaria Motorizada, durante uma operação da Polícia Federal (PF). O acidente aconteceu após a lancha, em que a vítima e outros dois militares estavam, ser atingida por um barco clandestino carregado com drogas.
“Eu vejo ele chegando ali no portão da minha casa e me abraçando”, revelou a mãe Liane sobre a espera pelo encontro do filho.
De acordo com ela, além do treinamento militar de Daniel, o filho estava com coletes salva-vidas e a prova de bala. Por isso, ela acredita que encontrarão o filho em breve.
As buscas
De acordo com a PF, mais de 50 pessoas, 15 barcos e três helicópteros ajudam no trabalho de resgate, que passa de 40 horas.
Barcos do Corpo de Bombeiros e do Exército auxiliam nas buscas. O rio faz fronteira com o Paraguai, por isso, a Marinha paraguaia e a PF têm percorrem o leito do Rio Paraná para tentar encontrar alguma pista do soldado.
O acidente
Segundo os dois militares que também estavam no barco, o local estava escuro no momento do acidente. Eles disseram que foram surpreendidos por um comboio com quatro barcos de contrabandistas e traficantes em alta velocidade. Um dos barcos foi jogado para cima da lancha da PF.
O choque foi tão forte, conforme eles, que um dos soldados chegou a desmaiar, mas foi socorrido pelo colega. O terceiro militar, que era Daniel, caiu na água e não foi mais visto.
O jovem soldado atuava em uma operação da Polícia Federal quando caiu no Rio Paraná. As ações buscam tentar impedir o transporte de cigarros e drogas pela fronteira.
Antes da operação, que dura há um ano, cerca de 300 barcos cruzavam as águas do Rio Paraná levando mercadorias contrabandeadas.
“Era o sonho dele entrar no Exército. Ele entrou nessa operação especial porque era isso que ele queria… Estava tão contente, era tão sonhador”, disse a mãe de Daniel.
Fonte: G1