Correio dos Campos

Revoltada com proibição de namoro, jovem envenena família

12 de maio de 2020 às 08:49
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Uma adolescente de 16 anos envenenou a própria família, em Santarém, no Pará. O caso aconteceu na noite de sábado (9) e a família foi resgatada por equipes no Samu neste domingo (10). Quatro crianças de 7, 10 e 12 anos (todos irmãos da jovem) e de 2 anos (primo da adolescente) e a mãe, de 43 anos, foram vítimas de envenenamento por chumbinho.

A mãe conta que a filha insistiu para que ela tomasse a bebida. Em seguida, ela serviu o suco para os filhos e o sobrinho. Depois de um tempo, o marido de Simone foi para casa e percebeu que uma das filhas estava desmaiada.

Ele chamou a esposa, que ainda estava acordada, e pediu para que ela pegasse uma bermuda para ele trocar de roupa e levar a criança para o posto médico. No entanto, Simone desmaiou antes de entregar a roupa.

O marido dela a levou junto às crianças para o pronto socorro. Segundo os médicos, eles apresentaram vômito e náuseas, e chegaram a ser hidratados com soro antes da transferência para o Hospital Municipal Alberto Tolentino Sotelo, no domingo. “Estava tudo envenenado, a sorte é que não comemos os bolos. Eu como mãe me sinto muito triste. No dia das mães aconteceu isso. Eu não esperava ver meus filhos praticamente mortos pela própria irmã. Ela vai ter que pagar o que ela fez, eu não volto atrás”, entre lágrimas, disse a mãe da adolescente, Simone Leal Galúcio.

A adolescente fugiu de casa, mas horas depois resolveu se entregar no posto policial. Por ser menor de idade, uma tia ficou responsável em levá-la para a 16ª Seccional de Polícia Civil.

No domingo de manhã, a menor foi conduzida para escuta especializada na Delegacia Especializada da Criança e Adolescente (Deaca). De acordo com os pais, a motivação para que a adolescente colocasse veneno na bebida foi a não permissão para que ela namorasse outro adolescente de 17 anos.

Segundo o delegado que recebeu o caso, Jair Castro, a jovem vai responder ato infracional análogo ao crime de envenenamento por substância não alimentícia, com reclusão de até três anos.

Fonte: G1 e IstoÉ