Correio dos Campos

Empresário que se envolveu em briga em supermercado de Araucária é indiciado por homicídio qualificado e outros crimes

9 de maio de 2020 às 07:47
Imagens de câmeras de segurança mostram a confusão entre segurança e cliente que se recusou a usar máscara, em Araucária

O empresário Danir Garbossa, que foi preso após uma briga com um segurança em um supermercado em Araucária, na Região Metropolitana de Curitiba, foi indiciado nesta sexta-feira (8) por homicídio qualificado com dolo eventual e outros crimes – confira todos mais abaixo.

O caso ocorreu no dia 29 de abril. A briga começou, segundo a polícia, porque Garbossa se recusou a usar uma máscara de proteção contra o coronavírus, e terminou com a morte da funcionária Sandra Ribeiro. Ela tinha 45 anos e morreu no local, após ser atingida por um tiro no pescoço.

Além de homicídio qualificado, Garbossa foi indiciado por dano qualificado e injúria, duas lesões corporais, sendo uma contra o segurança Wilhan Soares e a outra contra um dos funcionários do supermercado, perturbação de sossego e infração de medida sanitária.

Conforme o delegado Tiago José Wladyka, o segurança não foi indiciado porque agiu em legítima defesa. “Se ele [empresário], por exemplo, colocasse a máscara ou se fosse embora já que não queria colocar, essa tragédia não teria ocorrido”, afirmou o delegado.

Câmeras de segurança
Imagens de câmeras de monitoramento mostram que o cliente agrediu um funcionário do mercado e depois se envolveu em uma luta corporal com o segurança.

Danir e a funcionária foram atingidos por disparos durante a briga. Ela foi atingida no pescoço e morreu antes da chegada do socorro. O empresário foi atingido na costela de raspão e foi levado para o Hospital do Trabalhador. Após ser atendido, foi preso.

O que dizem os citados
A defesa do empresário Danir Garbossa afirmou que ele continua à disposição da Justiça, que já aguardava o indiciamento, mas que vai questionar algumas classificações que estão presentes na conclusão do inquérito no devido momento, dentro do processo legal.

O advogado Igor José Ogar, que defende a família de Sandra Ribeiro, disse que “espera que o Ministério Público receba e ofereça a denúncia no mesmo condão, pois já na inicial se manifestava nesse sentido”.

Fonte: G1