Correio dos Campos

Filhos pedem ajuda para encontrar pai desaparecido há um mês

8 de maio de 2020 às 08:26
(foto: divulgação)

RICMAIS – Há 31 dias se ter notícias do pai que está desaparecido, os filhos de Pedro Ismael Matozo não se cansam de procurar pela casa onde ele residia, no bairro Abranches, em Curitiba, por alguma pista que possa levar até seu paradeiro.

No local, alguns indícios de que algo aconteceu chamam atenção: o relógio que ele costumava usar quando saia está lá e a carteira também, mas vazia e sem documentos ou cartões.

Segundo a filha Priscielly de Souza Matozo, a única informação que se sabe sobre o dia em que seu pai sumiu é que pouco tempo antes de desaparecer no fim da tarde do dia 6 de abril, ele foi até a residência de uma amiga para tomar café, voltou e depois não foi mais visto.

“A gente não sabe o que aconteceu, se veio alguém aqui, se saiu com ele, se ele saiu a pé. A gente espera que ache o culpado, que a gente ache meu pai, que o principal. O que a gente mais sente é não saber onde ele está, se ‘Deus o livre’ fizeram alguma coisa ruim para ele. Se mataram ele, a gente quer achar o corpo. Nós precisamos achar ele que é principal e que depois peguem quem fez isso”, desabafa Priscielly.

Na rua existem câmeras de segurança, no entanto, elas só ficam com as imagens armazenadas pelo período de 24 horas. Então, se havia algum registro de Pedro saindo de casa naquele dia, ele foi apagado antes que a polícia pudesse ter acesso.

O desaparecido possui muitas desavenças
Priscielly explica ainda que Pedro era um homem com vários inimigos por conta de seu trabalho que consistia em comprar, trocar ou vender carros, casas, terrenos e qualquer objeto que fosse de seu interesse.

Tanto é, que até o fim de 2019, ele vivia no litoral do Paraná, mas após ser esfaqueado resolveu se mudar para Almirante Tamandaré, na Região Metropolitana de Curitiba. Mas também não ficou muito tempo por lá e logo fez ‘um rolo’ para trocar a habitação onde vivia pela residência onde morava há dois dias quando desapareceu. Inclusive, seus familiares acreditam que essa casa nova tenha ligação com o sumiço de Pedro.

“Ele era ‘rolista’ ele pegava casa, daí dali uma semana, ele já trocava, fazia o rolo dele. Troca moto, carro, som, tudo. Por isso, ele tinha várias desavenças, a gente não tem certeza do que levou ao desaparecimento, a gente acha que é por causa dessa casa. Que foi por causa desse negócio que ele fez”, conta a filha.

Nos últimos dias, ela chegou a receber ligações anônimas com informações de um possível suspeito, mas nenhuma informação concreta foi apurada.

O boletim de ocorrência foi registrado na delegacia da Polícia Civil de Almirante Tamandaré. E, segundo o delegado Tiago Dantas, policiais estão cuidando do caso e o próximo passo é juntar os elementos que possam dar um norte para as investigações.

Denuncie
Qualquer informação que possa ajudar a polícia a esclarecer o caso ou descobrir a localização de Pedro pode ser repassada, de forma anônima, pelo telefone do disque-denúncia 181.