Quatro casos confirmados pela secretaria estadual são de pessoas residentes fora do Paraná, indica o boletim.
Segundo a Sesa, os novos casos são de Curitiba (3), Foz do Iguaçu (3), Cianorte (1), Colombo (1), Pinhais (1) e Miami, nos Estados Unidos (2).
Tratam-se de seis homens e cinco mulheres, com idades entre 17 e 54 anos, que estiveram na Itália, Emirados Árabes, Miami ou tiveram contato com casos confirmados fora do estado, informou a secretaria.
O ministério não informa os municípios das pessoas que contraíram o vírus.
A Sesa diz ter adotado nova metodologia para análise de casos. Até então, prevalecia o município de notificação. A partir deste domingo, é considerado o município de residência.
Com isso, segundo a secretaria, três casos foram retirados de Curitiba por se tratar de dois pacientes de São Paulo e um de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Um caso de Umuarama, no noroeste, foi alterado para Cianorte, na mesma região.
Conforme a Sesa, isso facilita o monitoramento e assegura maior capacidade de verificação e possível circulação do vírus nas localidades pelas equipes de saúde.
Casos por município, segundo a Sesa:
- Curitiba: 31
- Foz do Iguaçu: 4
- Cianorte: 4
- Londrina: 3
- Pinhais: 2
- Maringá: 1
- Colombo: 1
- Campo Largo: 1
- Ponta Grossa: 1
- Pato Branco: 1
- Guaíra: 1
- Residentes fora do Paraná: 4
A Secretaria de Saúde de Maringá informou às 18h deste domingo que há três casos confirmados no município. A Sesa confirma um.
Em Cascavel, a secretaria municipal afirmou que a cidade registrou o primeiro caso neste domingo. A secretaria estadual ainda não reconheceu essa confirmação. O município disse que se trata de uma mulher, de 42 anos, com histórico de viagem aos Emirados Árabes Unidos.
Segundo a secretaria, todas as notificações pelos serviços de saúde de síndromes respiratórias passaram a constar no boletim como casos em investigação do novo coronavírus.
Com isso, o estado passou de 273 suspeitas no sábado para 1.354 no domingo. A medida, conforme a Sesa, atende uma portaria do ministério que estabelece novos critérios e procedimentos. Até o momento, 159 suspeitas foram descartadas.
Ainda de acordo com a secretaria, boa parte dos casos em investigação já foram testados pelo Laboratório Central do Estado (Lacen) e já foram negativados, mas não constam no sistema do Ministério da Saúde em razão da instabilidade da plataforma.
Testes rápidos vêm da China
O secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, deu mais detalhes neste domingo sobre os novos testes rápidos que chegarão nas próximas semanas e serão doados pela Vale.
Oliveira reafirmou o que disse no sábado (21): que os profissionais de saúde terão prioridade de ser testados com esses novos kits, que dão os resultado em minutos.
O objetivo é verificar quais desses profissionais que tenham apresentado algum sintoma foram contaminados pelo coronavírus e quais podem retornar ao trabalho.
Ele afirmou que os novos testes são produzidos por uma empresa chinesa e são aprovados por agências reguladoras da China e pela Comissão Europeia, mas ainda não são validados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Por isso, nós temos o uso para o teste rápido muito limitado”, afirmou Oliveira. “Ele é um teste para vigilância epidemiológias.”
O Ministério da Saúde declarou que todo o território nacional está sob o status de transmissão comunitária do coronavírus Sars-Cov-2, responsável pela pandemia da doença Covid-19. O status foi publicado em portaria na noite de sexta-feira (20).
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, já tinha anunciado nesta tarde que a medida seria tomada em breve para facilitar ações do governo. Ele sinalizou também que a previsão é que os casos da doença disparem em abril e o sistema de saúde deve entrar em colapso.
A transmissão comunitária ou sustentada é aquela quando não é possível rastrear qual a origem da infecção, indicando que o vírus circula entre pessoas que não viajaram ou tiveram contato com quem esteve no exterior.
Mesmo assim, a Sesa informou que o Paraná não tem nenhum caso de transmissão comunitária.
Fonte: G1