Correio dos Campos

Lutador de MMA é condenado a 1 ano de prisão e madrasta a 17 pela morte do enteado em MS

Houve a desclassificação do crime no caso do pai e ele deve ser colocado em liberdade nesta quarta-feira (11).
12 de março de 2020 às 09:57
Joel Rodrigo Álvaro Santos com Jéssica Leite Ribeiro — Foto: Facebook/Reprodução

O lutador de MMA, Joel Rodrigo Álvaro Santos, de 26 anos, conhecido como “Joel Tigre” , foi condenado a 1 ano e 15 dias de prisão nesta terça-feira (10) em júri realizado em Dourados, a 230 km de Campo Grande, pela morte do filho dele, um bebê de 1 ano e 6 meses, morto em agosto de agosto de 2018. A companheira de Joel à época, Jéssica Leite Ribeiro, de 23 anos, também foi condenada e recebeu uma pena ainda maior de 17 anos e 5 meses.

Joel teve a pena menor porque houve a desclassificação do crime. E, conforme o advogado do lutador, Víctor Cáceres, como ele já cumpriu mais de um ano de prisão, porque foi autuado em flagrante, deve ser colocado em liberdade nesta quarta-feira (11).

“Sustentei a total inocência de Joel, e que tudo poderia ter acontecido em razão da confiança que tinha na Jéssica. Que apesar da existência de hematomas e laceração no corpo da criança, alguns podem ser justificados”, disse o advogado do lutador, Victor Cáceres.

Jéssica foi ouvida durante a manhã. A tese da defesa é que tudo não passou de um acidente, o bebê teria caído de um balcão e teve fraturas graves no corpo que levaram a morte dele. Porém, durante os depoimentos, a madrasta confessou à polícia maus-tratos ao menino e disse que tomou a atitude por estar muito nervosa.

Joel foi ouvido à tarde após o pronunciamento de todas as testemunhas de acusão e defesa. Entre elas estavam, a mãe biológica do bebê, uma enfermeira do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) e também o médico legista. O júri foi composto por cinco mulheres e dois homens.

O crime ocorreu no dia 16 de agosto de 2018. Agressões na cabeça, pescoço e pancadas nas costas, que causaram dilaceração no fígado e morte de bebê de 1 ano e seis meses. É o que apontou a perícia, após análise no corpo do menino. O casal tornou-se réu acusado pelo assassinato, em setembro de 2018.

Entenda o caso

O casal é acusado de matar o filho do lutador. Joel nega envolvimento no crime, já a madrasta confessou durante os depoimentos a polícia agressões que resultaram na perfuração do fígado e morte do menino, mas no julgamento mudou a versão, dizendo que teria ocorrido um acidente com a criança.

O crime ocorreu quando o bebê estava em casa com a madrasta e o pai. Socorristas foram chamados para atender o menino com a informação de que ele teria se engasgado e quando viram marcas no corpo avisaram a polícia.

O laudo da perícia apontou lesões e hematomas no pescoço, cabeça e também nas costas da criança. A mais grave, uma pancada, teria quebrado costelas, e com isso, houve a dilaceração no fígado. No mesmo dia, o pai e a madrasta foram levados à delegacia para prestarem depoimento e na sequência foram presos.

Fonte: G1