Número de assassinatos cai 19% no país, mas PR tem alta no último trimestre de 2019
O Brasil teve uma queda de 19% no número de vítimas de crimes violentos em 2019 em comparação com o ano de 2018. É o que mostra o índice nacional de homicídios criado pelo G1, com base nos dados oficiais dos 26 estados e do Distrito Federal.
Em todo o ano passado, houve 41.635 assassinatos no país, contra 51.558 em 2018 – ou seja, quase 10 mil mortes a menos. Trata-se do menor número de crimes violentos intencionais de toda a série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que coleta os dados desde 2007.
Estão contabilizadas no número as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte.
No último trimestre, porém, a queda não foi tão acentuada quanto no restante do ano: 11,8%. Apesar da redução da média nacional em 2019, nove estados do país reverteram a tendência de queda e apresentaram alta nos números de crimes violentos no último trimestre do ano. Santa Catarina, por exemplo, teve um aumento de 23,8% dos assassinatos em comparação com o último trimestre de 2018.
Os outros estados que tiveram alta são: Rondônia, Bahia, Sergipe, Espírito Santo, Amazonas, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo.
Os dados apontam que:
- o país teve 41.635 assassinatos em 2019, o menor número de toda a série histórica, iniciada em 2007
- houve 9.923 mortes a menos na comparação com 2018, uma queda de 19,2%
- todos os estados do país apresentaram redução de assassinatos no ano
- 1/3 deles, porém, registrou uma alta no último trimestre
- só dois estados registraram uma queda superior a 30% no consolidado do ano: Ceará e Roraima
Queda histórica
A queda registrada no número de assassinatos no Brasil em 2019 é a maior se for levada em conta a série histórica do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O número de vítimas também é o menor desde 2007, ano em que foi iniciada a coleta dos dados. O número impressiona, inclusive, porque até 2011 os dados do Fórum se referem a ocorrências (em que é possível ter mais de uma vítima). Ou seja, ainda assim, o número de 2019, que se refere a vítimas, é menor.
Fonte: G1